Setor de combustíveis legais declara apoio total à Operação Carbono Oculto

Entidades do setor energético celebram ação contra o crime organizado que movimentava bilhões em postos de combustíveis ligados ao PCC.

Por Plox

28/08/2025 18h49 - Atualizado há 4 dias

As principais entidades que representam os produtores e distribuidores de combustíveis regulares no Brasil manifestaram, nesta quinta-feira (28), total apoio à Operação Carbono Oculto — considerada a maior ação já realizada no país contra o envolvimento do crime organizado no setor de combustíveis. A ofensiva revelou um gigantesco esquema envolvendo a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que, segundo as investigações, mantinha controle sobre mais de mil postos de gasolina espalhados pelo território nacional.


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A operação foi conduzida em parceria entre o Governo do Estado de São Paulo, Ministério Público, Procuradoria Geral do Estado (PGE-SP), Polícias Federal, Civil e Militar, Receita Federal e Secretaria da Fazenda. Todas as entidades participantes da ação foram publicamente parabenizadas em nota conjunta assinada por Bioenergia Brasil, Instituto Combustível Legal (ICL), Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) e União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).


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Na nota, as organizações reforçaram a importância do combate ao comércio irregular e ao crime organizado dentro do mercado de combustíveis.
\"O combate às práticas ilícitas é fundamental para proteger consumidores, garantir a arrecadação de tributos, fortalecer a confiança dos investidores e assegurar um ambiente de negócios transparente, que valorize empresas idôneas e inovadoras\", afirmaram.

Segundo as entidades, a operação também reforça medidas já adotadas pelo governo paulista, como a responsabilização solidária dos postos de combustíveis, mecanismo que responsabiliza financeiramente as empresas que se associam a práticas ilegais.


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Além do impacto direto sobre o funcionamento do mercado, a Operação Carbono Oculto também expôs práticas graves utilizadas pela organização criminosa para adulterar combustíveis, como o uso de metanol para fraudar gasolina. A prática, além de ilegal, representa sérios riscos à saúde dos consumidores e à integridade dos veículos.


As associações enfatizam que o setor sucroenergético e o de combustíveis têm papel estratégico para a economia do Brasil, sendo geradores de milhões de empregos e agentes fundamentais na transição energética rumo a uma matriz mais limpa e sustentável.


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Por fim, Bioenergia Brasil, ICL, Sindicom e Unica reafirmaram seu compromisso com a ética, a transparência e a colaboração contínua com o poder público. As entidades reforçam a necessidade de um mercado justo e competitivo, livre da influência de organizações criminosas, para que se mantenham as bases do desenvolvimento econômico do país.


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