123 Milhas propõe indenização a clientes lesados

Em busca de uma solução para os problemas enfrentados por seus clientes, a 123 Milhas submeteu uma proposta extrajudicial ao Centro de Autocomposição Ministério Público de Minas Gerais (Compor/MPMG). A proposta envolve o desembolso de R$500 milhões, destinados à indenização dos credores afetados pela suspensão de passagens pela empresa. A dívida total estimada da 123 Milhas alcança o montante de R$2,3 bilhões.

Instituições e clientes afetados

O Ministério Público de Minas Gerais confirmou a existência da proposta. Entre os numerosos clientes prejudicados, que somam aproximadamente 700 mil nomes, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, destaca-se o Banco do Brasil. O banco estatal tem uma pendência de mais de R$ 97 milhões com a empresa de venda de passagens.

O papel do Compor

Segundo o Ministério Público, o Compor é responsável por "promover, adotar e incentivar métodos de autocomposição, tais como negociação, mediação, conciliação, práticas restaurativas e convenções processuais".

Justificativa da 123 Milhas

Ao buscar a recuperação judicial em agosto, a 123 Milhas explicou a razão da suspensão das vendas de passagens. "Os motivos incluem fatores econômicos e de mercado adversos, como a alta demanda por voos, que mantém as tarifas altas mesmo fora de temporada, e a elevada taxa de juros", declarou a empresa.

Atualmente, no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, ainda é possível observar publicidades da 123 Milhas promovendo suas "melhores ofertas" e desejando uma "boa viagem" aos viajantes.