Movimento islamista libanês Hezbollah confirmou morte de seu líder em ataque israelense

Hassan Nasrallah é morto em bombardeio israelense; Hamas classifica ato como "terrorista covarde"

Por Plox

28/09/2024 11h41 - Atualizado há 23 dias

O movimento islamista libanês Hezbollah confirmou, neste sábado (28), a morte de seu líder, Hassan Nasrallah, em um bombardeio israelense realizado na sexta-feira contra o subúrbio sul de Beirute. O ataque foi anunciado horas antes por fontes do Exército de Israel, que afirmou ter eliminado o dirigente.

Foto: Reprodução de vídeo

De acordo com um comunicado do Hezbollah, “Sayed Hassan Nasrallah se uniu a seus companheiros mártires (...) cuja marcha liderou durante quase 30 anos.” A confirmação oficial da morte do líder ocorreu mais de 19 horas após os bombardeios, que atingiram um bairro densamente habitado, conhecido como reduto do grupo.

Fontes próximas ao movimento informaram que havia perdido contato com Nasrallah na noite de sexta-feira. O Exército israelense anunciou a morte do líder, afirmando: “Hassan Nasrallah está morto”, conforme declaração de Nadav Shoshani, um porta-voz do Exército.

O contra-almirante Daniel Hagari, também do Exército, declarou que a eliminação de Nasrallah torna o mundo “um lugar mais seguro”. Em contrapartida, o grupo islamista palestino Hamas classificou o assassinato de Nasrallah como um “ato terrorista covarde”.

Hassan Nasrallah, de 64 anos, era uma figura de grande influência no Líbano e liderava o Hezbollah desde 1994, vivendo em grande parte escondido e fazendo raras aparições públicas. O comandante do Estado-Maior israelense, general Herzi Halevi, emitiu um aviso: “A mensagem é simples: saberemos como alcançar qualquer pessoa que ameace os cidadãos de Israel”.

O Exército israelense afirmou que o bombardeio também resultou na morte de Ali Karake, comandante da frente sul do Hezbollah, e de outros líderes do movimento, com a maioria dos seus líderes supostamente eliminada nos últimos meses.

Desde segunda-feira, Israel lançou uma campanha de bombardeios em larga escala contra o Hezbollah, em resposta a ataques contínuos do movimento pró-Irã na fronteira. As forças israelenses visam restaurar a segurança na região norte do país, que tem sido alvo de ataques do Hezbollah.

O Hezbollah, que é financiado e armado pelo Irã, foi formado em 1982 pela Guarda Revolucionária, exército ideológico da República Islâmica. O guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, criticou neste sábado a “política míope” de Israel, sem se referir diretamente a Nasrallah.

O Exército israelense relatou que, em um ataque na sexta-feira, destruiu dezenas de edifícios e deixou pelo menos seis mortos, com centenas de pessoas forçadas a deixar suas casas. O Hezbollah retaliou, lançando foguetes contra Israel, embora muitos tenham sido interceptados.

As autoridades europeias recomendaram que as companhias aéreas evitem o espaço aéreo do Líbano e de Israel até pelo menos 31 de outubro, enquanto a situação permanece tensa e instável na região.

Destaques