Prefeito de Miraí é suspeito de envolvimento em ligação clandestina de energia em bairro inacabado

Adaelson magalhães, candidato à reeleição, atribui a irregularidade à empresa responsável pela construção do loteamento coelho

Por Plox

28/09/2024 08h24 - Atualizado há 4 meses

A concessionária Energisa interrompeu uma ligação clandestina de energia no bairro Coelho, em Miraí, na Zona da Mata mineira. O bairro ainda está em construção, e a interrupção ocorreu em 10 de setembro, um dia após o prefeito de Miraí e candidato à reeleição, Adaelson Magalhães (Republicanos), divulgar imagens do local iluminado. A divulgação aconteceu às vésperas da Exposição Agropecuária de Miraí.

Foto: Reprodução/Instagram @adaelsonamagalhaesoficial

De acordo com a Energisa, a prefeitura não apresentou os documentos necessários para a ligação oficial de energia no bairro. A empresa explicou que houve apenas uma aprovação técnica preliminar, e o município ainda precisa finalizar os trâmites legais. A concessionária ressaltou que o fornecimento foi cortado imediatamente e que aguarda a análise e aprovação do projeto pela prefeitura para realizar a conexão definitiva.

A coligação "Juntos por Miraí", liderada pelo candidato adversário Felippe Fortuce (MDB), entrou com uma ação na Justiça Eleitoral pedindo a inelegibilidade de Magalhães, alegando abuso de poder político e econômico. Eles argumentam que o prefeito usou a obra inacabada para fins eleitorais, o que configuraria propaganda irregular. No entanto, o juiz Maurício José Pirozi, da 187ª Zona Eleitoral, negou o pedido, afirmando que as provas apresentadas pela coligação eram frágeis e unilaterais.

Em resposta às acusações, Adaelson publicou um vídeo em suas redes sociais, admitindo que o bairro ainda está inacabado e atribuiu a responsabilidade da ligação irregular à empreiteira responsável pela construção. O prefeito garantiu que a situação será regularizada nos próximos dias, com a conclusão da obra.

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