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Economia

Moda mineira cresce após inverno rigoroso e com apoio da 'taxa das blusinhas'

Setor registra recuperação após crise, impulsionado por clima frio no início do ano, digitalização e produção local

28/09/2025 às 11:38 por Redação Plox

Após enfrentar uma sequência de crises, o setor da moda em Minas Gerais começa a apresentar sinais consistentes de recuperação. O movimento de retomada é atribuído a fatores como a digitalização, o inverno rigoroso de 2025 e a implementação da chamada 'taxa das blusinhas', que tributou compras internacionais de até US$ 50.


Imagem Foto:Pexels

De acordo com levantamento da Fecomércio-MG, com base em dados do IBGE e do MDIC, o segmento de Tecidos, Vestuário e Calçados apresentou crescimento acumulado de 4,2% em 2024, superando a média nacional de 2,9%. O ponto de virada começou em novembro de 2024, com altas contínuas nas vendas, impulsionadas principalmente pelos meses de maio e junho de 2025, quando o frio favoreceu a demanda por roupas de inverno.


Além do clima, a tributação sobre e-commerces estrangeiros contribuiu para o reaquecimento do mercado local, especialmente entre micro e pequenas empresas. Segundo a RAIS, entre 2022 e 2024, houve crescimento de 28% no número de estabelecimentos em Minas, totalizando cerca de 65,2 mil, sendo que os MEIs respondem por 46,1% e as microempresas por 48,2%.


A economista Fernanda Gonçalves, da Fecomércio-MG, destaca a importância da integração entre canais digitais e físicos na recuperação. Já o vice-presidente do Sindimalhas, Gilberto Mairinques, ressalta o impacto da 'taxa das blusinhas' como positivo, mas lamenta os efeitos colaterais do aumento de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros.


Um exemplo de sucesso local é a marca Dama Quitéria, voltada ao público feminino e com foco em moda segmentada e de valor agregado. Fundada em 2023 por Joice Luiza dos Santos, a marca cresceu 50% em vendas entre 2024 e 2025. Ela aposta em tecidos leves como viscose e linho, produção local e parcerias com costureiras da Grande BH, como Helena Marques, de 69 anos, que relata aumento na procura por serviços.


A Doce Veneno, integrante do APL de Divinópolis, também se destaca. Com 24 funcionários internos e cerca de 80 parceiros, a confecção aposta em peças atemporais e viu aumento de 80% no faturamento ao migrar para o modelo sob encomenda. A fundadora Janaine Milagre afirma que o foco no consumidor final e a orientação para singularidade e exclusividade são fundamentais.


Os APLs têm papel essencial na economia local, com 18 arranjos ativos em Minas, abrangendo 87 municípios. Destaque para os calçados de Nova Serrana, o vestuário da Grande BH e de Divinópolis, somando milhares de empresas e empregos diretos.


Apesar do otimismo, o setor ainda enfrenta desafios. Comparado ao período pré-pandemia, houve desaceleração de 47%, e a participação do comércio da moda segue pressionada pelo avanço digital e concorrência externa. Serviços ligados à moda, como design e consultoria, despontam como áreas estratégicas.


Rogério Vasconcelos, da Fiemg, aponta que o consumidor está cauteloso diante da crise política e econômica. Mesmo com boas vendas para o verão de 2026, ele alerta que o impacto real do inverno será sentido nas encomendas para o próximo ano. Ainda assim, o mercado aposta forte no evento Minas Trend e no crescimento do segmento infantil.


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