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Política

Tarcísio se encontra com Bolsonaro em meio a tensão sobre 2026

Governador paulista reafirma foco na reeleição enquanto enfrenta pressão do centrão e resistência dentro do próprio bolsonarismo

28/09/2025 às 10:32 por Redação Plox

Na próxima segunda-feira, 29 de setembro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem agenda marcada para visitar Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília. O encontro ocorre em um cenário político turbulento, no qual o futuro eleitoral de ambos está em jogo.


Imagem Foto: Agência Brasil

Inicialmente, a visita estava prevista para acontecer no dia 15 de setembro, período em que Tarcísio articulava, à distância, apoio parlamentar ao projeto de anistia. No entanto, o Supremo Tribunal Federal não autorizou a tempo o pedido de visitação, obrigando o governador a cancelar a viagem. Naquele momento, ele mantinha intensa interlocução com lideranças do centrão e com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), buscando uma solução jurídica para amenizar a situação de Bolsonaro.


O cenário agora é diferente. Nos bastidores, aliados avaliam que o clima no Congresso para aprovar a anistia perdeu força. A expectativa é que Bolsonaro possa ser beneficiado por uma nova proposta, o chamado "PL da Dosimetria", que pode suavizar a sentença de 27 anos e 3 meses de prisão imposta pelo STF. O relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), reconhece que a mudança na legislação favoreceria diretamente o ex-presidente.


Enquanto o núcleo mais radical do bolsonarismo insiste em reviver a proposta original da anistia, setores mais moderados da direita veem a dosimetria como uma saída mais viável para evitar a prisão em regime fechado. É nesse ambiente que Tarcísio desembarca na capital federal, pressionado por diferentes frentes que cobram uma definição sobre sua possível candidatura à presidência da República em 2026.


Apesar de ser apontado como o herdeiro político natural de Bolsonaro, o governador paulista tem reiterado a intenção de buscar a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes. Em encontro recente com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Bolsonaro teria negado qualquer apoio explícito ao nome de Tarcísio para o Planalto. Segundo interlocutores, antecipar esse anúncio agora seria admitir publicamente que seu capital político perdeu valor.


O impasse se estende à montagem de uma possível chapa de centro-direita. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, pretende disputar a presidência, mesmo contrariando a posição do pai e da cúpula do partido. Outros nomes são cogitados para a vaga de vice em uma eventual chapa com Tarcísio: a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é vista com bons olhos por Valdemar, enquanto Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do PP, também pleiteia o posto.


A permanência de Tarcísio no Republicanos também entrou na balança. Enquanto Valdemar Costa Neto sinaliza que só apoiaria um presidenciável do PL, o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), declarou apoio à eventual candidatura presidencial de Tarcísio pelo próprio partido.


Apesar das movimentações, o governador tem evitado viagens fora do estado de São Paulo, numa tentativa de não alimentar rumores de campanha antecipada. Pessoas próximas afirmam que ele teme se expor precocemente aos ataques vindos, inclusive, de setores aliados.


“Anunciar candidatura agora é abrir espaço para ser atacado por quem está do mesmo lado político”, avaliou um interlocutor próximo a Tarcísio

.

O desgaste dentro do próprio grupo bolsonarista tem sido um fator de estresse. Os filhos de Bolsonaro, Eduardo e Carlos, têm adotado postura crítica e desconfiada em relação ao governador paulista. A leitura do entorno de Tarcísio é que a antecipação do debate sobre 2026 pode comprometer sua base política, dividida entre o apoio ao ex-presidente e interesses próprios.


Diante desse cenário, Tarcísio tenta se equilibrar entre o compromisso com sua base eleitoral em São Paulo, a fidelidade a Bolsonaro e a pressão do centrão, que o enxerga como o nome ideal para enfrentar Lula em uma eventual disputa presidencial. Sua estratégia, ao menos por ora, é não se antecipar — e manter o foco no estado que governa.


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