Governo Central tem superávit primário de R$ 10 bilhões em setembro

Segundo o Tesouro Nacional, esse é o segundo maior resultado positivo da série histórica para o mês

Por Plox

28/10/2022 07h01 - Atualizado há mais de 1 ano

O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) obteve, em setembro, o segundo maior resultado positivo da série histórica para o mês. A informação foi divulgada nessa quinta-feira (27), pelo Tesouro Nacional. O Governo Central registrou superávit primário de R$ 10,954 bilhões.

Segundo o Governo federal, o pagamento de dividendos da Petrobras e a arrecadação recorde fizeram as contas públicas registrarem o aumento. O recorde para setembro aconteceu em 2010.

Em valores nominais, esse é o segundo maior superávit para o mês desde o início da série histórica. Ao descontar a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o resultado foi o sexto melhor da série histórica.

De acordo com a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 847,6 milhões em setembro, mas com o atual resultado, o Governo Central fechou os 9 primeiros meses do ano com resultado positivo de R$ 33,775 bilhões. Ao corrigir os valores pela inflação, esse é o melhor resultado para o período desde janeiro a setembro de 2013.

O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Apesar da possibilidade de déficit nos próximos meses, a equipe econômica estima que o Governo Central fechará o ano com superávit primário de R$ 13,548 bilhões, o primeiro resultado positivo anual desde 2013.

Segundo o Tesouro Nacional, o superávit poderia chegar a R$ 37,45 bilhões em 2022 não fosse o acordo sobre o controle do Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista. Por meio do acordo, a União pagou R$ 23,9 bilhões à Prefeitura de São Paulo em troca da extinção do processo judicial que questionava o controle do Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista.

A previsão de superávit ocorre mesmo com a emenda constitucional que aumentará gastos sociais em R$ 41,25 bilhões no segundo semestre e com as desonerações de R$ 71,56 bilhões que entraram em vigor em 2022. A estimativa foi divulgada na última edição do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.
 

 

 

Com informações da Agência Brasil

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