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“Esquerdogata” é flagrada por mentir sobre cargo e acumular 10 afastamentos como professora

Aline Bardy Dutra foi presa após desacato e resistência durante abordagem policial; Secretaria de Comunicação do governo federal nega vínculo funcional.

28/10/2025 às 07:14 por Redação Plox

A influenciadora Aline Bardy Dutra, conhecida como Esquerdogata, foi detida em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, acusada de cometer injúria racial, desacato e resistência à prisão durante a madrugada de sábado (25). O episódio ocorreu após uma abordagem policial em um bar da cidade.

Esquerdogata anuncia que pedirá desculpas ao policial desacatado: “Devastada”

Esquerdogata anuncia que pedirá desculpas ao policial desacatado: “Devastada”

Foto: Reprodução

Aline Bardy Dutra, conhecida como Esquerdogata

Aline Bardy Dutra, conhecida como Esquerdogata

Foto: Reprodução

Afirmação de vínculo com governo federal é negada

Durante a prisão, Aline afirmou aos policiais que trabalhava como assessora na Secretaria de Comunicação do governo federal, se identificando também como “funcionária pública federal”, conforme apontado no boletim de ocorrência.

No entanto, a Secretaria de Comunicação do governo negou que ela integre ou tenha integrado o quadro de servidores da pasta. Segundo o órgão, Aline não realiza nenhum tipo de serviço para a secretaria.

Atuação profissional e histórico de afastamentos

Aline Bardy é professora de Educação Básica 1 da Secretaria Municipal da Educação de Ribeirão Preto, mas está de licença não remunerada desde julho do ano passado. Antes disso, obteve afastamentos remunerados por motivos de saúde, faltas e licença-prêmio, de acordo com registros oficiais do município.

Detalhes da prisão e acusações

Segundo informações do boletim policial, a influenciadora teria se aproximado dos policiais militares do 51º Batalhão do Interior após uma ação de fiscalização, proferindo a frase de conotação racial, que originou parte das acusações.

Durante os desdobramentos, Aline passou a ser gravada pelos PMs e foi questionada sobre sua fala. Ela negou a injúria, afirmando que teria, na verdade, questionado a abordagem policial em relação a uma pessoa da mesma “condição de classe” do policial. Com sinais de embriaguez, condição assumida pela própria influenciadora, Aline foi presa e, em seguida, além da acusação por crime racial, passou a desacatar os policiais com ofensas envolvendo salário e cultura.

Em sua defesa, Aline Bardy nega o crime de injúria racial. A advogada da influenciadora informou que ela pretende pedir desculpas pessoalmente ao policial alvejado pelas ofensas. Aline foi liberada no mesmo dia após audiência de custódia e deve cumprir medidas cautelares, como restrição de horários e de locais que pode frequentar.

Registros do Tribunal de Justiça de São Paulo apontam que Aline já foi condenada anteriormente, também por desacato e desobediência contra policiais militares.

Trajetória e atuação nas redes sociais

Aline Bardy Dutra atua como comunicadora, professora e militante política. Com mais de 800 mil seguidores, ela se destaca por abordar temas políticos, análises econômicas e debates sobre direitos sociais. Em suas redes, também publica conteúdos relacionados a saúde pública e crítica à gestão de recursos públicos.

A influenciadora comercializa produtos como roupas e copos, iniciativa que, segundo ela, pretende fortalecer causas coletivas com criatividade e autenticidade.

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