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Aposentada perde R$ 255 mil após golpe sofisticado com documentos falsos

Criminosos usaram dados reais de advogados e simularam documentos oficiais para convencer vítima a fazer depósitos visando liberação de pensão por morte.

28/10/2025 às 10:28 por Redação Plox

Uma aposentada de Parobé, no Rio Grande do Sul, viu o sonho da estabilidade financeira se transformar em um grande golpe. Tudo começou com uma mensagem recebida no celular, vinda de uma pessoa que se passava por sua advogada. A promessa era de que o processo da pensão por morte do marido estava prestes a ser finalizado e, para liberar o valor, bastava fazer um depósito.

Segundo a aposentada, os golpistas “fazem uma lavagem cerebral”, tornando difícil perceber a fraude. O episódio, que começou como o desfecho de uma longa espera, terminou com a perda das economias acumuladas durante toda uma vida: R$ 255 mil foram transferidos aos criminosos.

Aposentada teve um prejuízo de R$ 225 mil em fraude praticada por um falso advogado

Aposentada teve um prejuízo de R$ 225 mil em fraude praticada por um falso advogado

Foto: Reprodução

Golpe sofisticado com uso de dados reais

A quadrilha utilizou nomes e documentos verdadeiros de advogados para ganhar credibilidade junto às vítimas. Conforme relato da aposentada, as conversas iniciais pareciam totalmente legítimas: havia envio de comprovantes, documentos da Justiça e até conversas simulando audiências com timbre oficial.

Durante o golpe, a vítima trocou mensagens por semanas com alguém que se apresentou como Leandra — nome de uma advogada real cujo perfil foi utilizado criminosamente — e também com um suposto assistente chamado Guilherme. Ao todo, a mulher realizou nove depósitos bancários em apenas alguns dias.

Prejuízo acumulado e promessas falsas

A insistência dos criminosos foi constante. Eles diziam que faltavam unicamente “taxas finais” para liberar um valor ainda maior, de R$ 452 mil. Quando a aposentada percebeu que se tratava de um golpe, todos os recursos já haviam sido transferidos para contas falsas.

As transferências foram feitas em nome de terceiros, dificultando ainda mais a recuperação do montante perdido.

Identidade de advogada foi usada no esquema

Leandra Wichmann, advogada de verdade no processo da aposentada, teve seu nome e dados usados pelos criminosos. Ela apontou a gravidade da fraude e os métodos utilizados pelos golpistas:

Que valores são esses? Porque eu não peço valores de clientes antecipadamente de forma alguma, né? Eles foram no processo da Justiça Federal, fizeram prints da procuração, mostraram para ela um comprovante no meu nome, onde constava os dados da minha conta bancária, claro que uma conta falsa, né? E ela acreditou – Leandra Wichmann, advogada

Reforço para não cair em armadilhas

Especialistas alertam: pagamentos judiciais nunca são feitos via PIX ou transferência direta. Os valores de processos judiciais são depositados em juízo, e os clientes só podem sacá-los mediante alvará de pagamento.

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