Saúde

Levantamento mostra alta infestação de Aedes aegypti em Ipatinga

Quarto LIRAa de 2025 revela 3% de infestação do Aedes aegypti na cidade; bairros Esperança e Ideal concentram maior incidência, e ações de combate serão intensificadas

28/10/2025 às 15:46 por Redação Plox

A Secretaria de Saúde de Ipatinga divulgou o resultado do quarto Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) referente a 2025. O estudo, realizado em quatro dias, mobilizou uma equipe composta por 102 agentes de campo, 11 supervisores, três coordenadores e dois técnicos. Ao todo, 4.767 imóveis em todas as regionais do município foram vistoriados.

Agente realizando vistoria.

Agente realizando vistoria.

Foto: Divulgação/PMI

O levantamento aponta que Ipatinga apresenta índice médio de 3% de infestação para o mosquito Aedes aegypti e 0,2% para o Aedes albopictus. Segundo a Secretaria, esses resultados mantêm a cidade em nível de alerta para o risco de transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Prevenção precisa ser rotina nas casas

Com a aproximação do período de chuvas, a preocupação aumenta. O secretário de Saúde destacou a importância dos cuidados no ambiente doméstico para evitar o aumento dos casos.

Estamos entrando no período de chuvas, quando as condições climáticas favorecem a reprodução do mosquito. É fundamental que cada morador mantenha os cuidados dentro de casa, eliminando qualquer local que possa acumular água. – Walisson Medeiros, secretário de Saúde

Água parada em caixa d'água velha

Água parada em caixa d'água velha

Foto: Divulgação/PMI

A Secretaria orienta que reservar dez minutos por semana para inspecionar recipientes como vasos, calhas, ralos e caixas d’água pode fazer a diferença. Eliminar a água parada é considerada a forma mais eficaz de combate ao mosquito.

Bairros com maior e menor incidência

O levantamento identificou os bairros Esperança e Ideal como os que apresentam o maior índice de infestação, ambos com 4,9%. Na sequência, aparecem os bairros Bom Jardim, Ferroviários, Horto, Industrial e Usipa (4,2%), e também Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Barra Alegre e Chácaras Oliveira (4%).

Outros bairros apresentaram índices elevados, como Cidade Nobre e Iguaçu (3,3%), Caravelas e Jardim Panorama (3,2%) e diversos outros, incluindo Imbaúbas, Bom Retiro, Bela Vista, Das Águas, Cariru, Castelo, Vila Ipanema, Centro, Novo Cruzeiro e Parque Ipanema (2,6%). Já os menores índices de infestação foram registrados em Canaãzinho e Vila Militar (1,3%), Tiradentes e Canaã (1,6%) e Veneza (1,9%).

Análise da água.

Análise da água.

Foto: Divulgação/PMI

Com base nesses dados, as equipes da Seção de Controle de Zoonoses vão intensificar as intervenções nos locais com maior número de focos, incluindo aplicação de larvicidas e aumento das visitas domiciliares.

Depósitos domésticos concentram os focos

O LIRAa demonstra que a maior parte dos criadouros do mosquito continua sendo encontrada em áreas residenciais. Depósitos móveis — como vasos, pratos, frascos e bebedouros — representam 45,6% dos focos localizados. O lixo acumulado aparece em segundo lugar, sendo responsável por 17,1% dos focos. Depósitos fixos, como calhas e lajes, são 13,9%, enquanto tambores e tonéis ao nível do solo correspondem a 13,3%.

A maior parte do combate está nas mãos da população, já que os focos se concentram em locais simples e de fácil acesso, exigindo atenção semanal dos moradores.

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