Greve afeta trens e metrô em São Paulo em protesto contra privatizações

Trabalhadores de transporte, educação e abastecimento de água paralisam atividades contra desestatização

Por Plox

28/11/2023 08h53 - Atualizado há cerca de 1 ano

Em São Paulo, uma greve unificada foi organizada por trabalhadores de diversos setores, incluindo transporte, educação e abastecimento de água, nesta terça-feira (28/11). O principal motivo do protesto é a oposição às propostas de privatização de serviços públicos estaduais, como linhas de trem, metrô e o sistema de abastecimento de água.

Linhas do metrô de SP geridas pelo setor público terão funcionamento reduzido nesta terça-feira (28) - (crédito: Getty Images)

Impacto nos Serviços Públicos Como consequência, o governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes decretaram ponto facultativo para a maioria dos funcionários públicos, com exceção de áreas essenciais como Segurança, Educação e o programa Bom Prato. A greve afeta diretamente as linhas de metrô geridas pelo governo estadual e as linhas da CPTM, que terão funcionamento limitado. A medida também suspendeu o rodízio de carros, embora continue valendo para caminhões e fretados.

Reações e Posicionamentos O Sindicato dos Metroviários de São Paulo criticou a insistência no modelo de privatização, alegando falhas e prejuízos tanto ao Estado quanto à população. Além disso, houve um pedido para liberação gratuita das catracas de metrô e trem durante o dia, o que foi negado pelo governador. Os ônibus funcionarão normalmente, alguns até com trajetos ampliados.

Outros Setores Adesivos Funcionários da Sabesp, Fundação Casa e do setor de educação também aderiram à greve. O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) defende que a privatização da Sabesp, Metrô e CPTM prejudicará a qualidade e as tarifas dos serviços. Na educação, o Provão Paulista foi adiado, mas as aulas seguem mantidas com possíveis ausências de funcionários.

Decisão Judicial e Resposta do Governo A Justiça determinou que ao menos 80% dos funcionários dos setores em greve trabalhem nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária. O governador Tarcísio de Freitas classificou a greve como "abusiva e política", reforçando que as desestatizações são processos democraticamente legitimados e discutidos nos fóruns apropriados.

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