Sequestro de R$ 400 milhões em bens por esquema de pirâmide financeira
Polícia Federal deflagra Operação Ouranós, mirando 473 imóveis, veículos de luxo e contas bancárias
Por Plox
28/11/2023 09h50 - Atualizado há mais de 1 ano
A Polícia Federal (PF) lançou a Operação Ouranós nesta terça-feira (28), mirando um grande esquema de pirâmide financeira. A operação resultou no sequestro de aproximadamente R$ 400 milhões em bens. Isso inclui 473 imóveis, 10 embarcações, um jato, 40 veículos de luxo, mais de 111 contas bancárias e três fundos de investimento.

Ações em Diversas Cidades As ordens judiciais foram cumpridas em várias cidades, incluindo Balneário Camboriú (SC), Palhoça (SC), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP). No total, foram 28 mandados de busca e apreensão, além de 11 medidas cautelares diversas da prisão, impactando 12 pessoas físicas e mais de 50 empresas.
Natureza do Esquema A organização criminosa operava uma estrutura semelhante à de uma pirâmide financeira, atuando através de instituições financeiras e agentes do mercado de capitais sem a devida autorização do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários. O esquema consistia na operação de uma distribuidora de títulos e valores mobiliários para captar recursos de mais de 7 mil investidores, totalizando mais de R$1 bilhão, através de contratos de investimento coletivos em suposta arbitragem de criptomoedas.
Investigações e Descobertas As investigações, iniciadas em 2020, revelaram que os recursos captados transitavam por várias contas de passagem, em um processo conhecido como "centrifugação de dinheiro", com fracionamento de transferências bancárias para blindar o patrimônio. Há indícios de que o dinheiro tinha origem em atividades ilícitas, incluindo tráfico de drogas e fraudes fiscais. O início das ações ilícitas foi rastreado até Balneário Camboriú, se expandindo para Curitiba e São Paulo.