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Política
PGR defende prisão domiciliar para general Augusto Heleno no STF
Órgão alega idade avançada e diagnóstico de Alzheimer desde 2018 para pedir mudança do regime de custódia do aliado de Bolsonaro, condenado a 21 anos de prisão por integrar núcleo crucial de organização criminosa golpista
28/11/2025 às 07:56por Redação Plox
28/11/2025 às 07:56
— por Redação Plox
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a concessão de prisão domiciliar ao general da reserva Augusto Heleno, de 78 anos, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Jair Bolsonaro (PL). O militar foi preso na última terça-feira (25) por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
General Heleno em evento público
Foto: Agência Brasil
Segundo o relato feito por Heleno durante o exame de corpo de delito, realizado após a prisão, ele sofre de Alzheimer desde 2018. Com base nesse diagnóstico, a defesa pediu ao STF a substituição da custódia em unidade militar por prisão em casa.
No parecer enviado ao Supremo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que as circunstâncias do caso apontam para a necessidade de reavaliar o regime de custódia do general, classificando a medida como excepcional, mas proporcional à idade avançada e às condições de saúde do réu. Ele também alertou para o risco de agravamento do quadro clínico caso Heleno permaneça afastado do convívio familiar e do acompanhamento médico adequado.
A decisão sobre o pedido caberá ao relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes.
Condenação por participação em trama golpista
Augusto Heleno foi condenado a 21 anos de prisão, sendo 18 anos e 11 meses em regime fechado, por integrar o chamado “núcleo crucial” de uma organização criminosa que, de acordo com as investigações, teria sido liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para tentar promover um golpe de Estado após a derrota eleitoral.
Com o trânsito em julgado da ação, o general foi preso por equipes da Polícia Federal e por militares do Exército e encaminhado ao Comando Militar do Planalto, em Brasília. A PGR sustenta que sua situação é comparável à de outros condenados que já obtiveram prisão domiciliar por razões humanitárias.
Situação dos demais condenados do núcleo golpista
O ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, cumpre pena na sede da Polícia Federal em Brasília.
O ex-ministro Anderson Torres, sentenciado a 24 anos de prisão, está detido no presídio da Papuda.
O almirante Almir Garnier, também condenado a 24 anos, cumpre pena na Estação Rádio da Marinha, em Brasília.
O general Paulo Sérgio Nogueira cumpre pena no Comando Militar do Planalto.
Já o general Walter Braga Netto, condenado a 26 anos, está preso desde dezembro de 2024 e cumpre pena na 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro.
Decisão final nas mãos de Alexandre de Moraes
A manifestação da PGR será analisada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF. Caberá a ele definir se Augusto Heleno permanecerá em unidade militar ou se poderá passar a cumprir a pena em regime de prisão domiciliar.
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