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Saúde
Cientista alerta: gripe aviária pode superar a Covid em gravidade
Circulação do vírus entre aves e mamíferos acende alerta para possível adaptação à transmissão entre humanos, mas risco atual é considerado baixo; consumo de frango e ovos segue seguro e vacinas candidatas já estão em desenvolvimento
28/11/2025 às 11:18por Redação Plox
28/11/2025 às 11:18
— por Redação Plox
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A circulação do vírus da gripe aviária entre aves silvestres, aves domésticas e mamíferos voltou a preocupar especialistas pelo risco de novas adaptações do patógeno.
Pesquisadores do Instituto Pasteur, na França, avaliam que, se o vírus sofrer mutações que permitam transmissão sustentada entre humanos, o impacto de uma pandemia de gripe aviária poderia superar o da Covid-19. No cenário atual, porém, as infecções em pessoas continuam raras e, em geral, dependem de contato próximo com animais doentes.
Especialista do Instituto Pasteur alerta que mutações potenciais do vírus H5 podem tornar as infecções mais graves
Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
O que é a gripe aviária e como ela se manifesta
Também chamada de influenza aviária, a doença é causada por um vírus altamente contagioso que atinge principalmente aves silvestres e domésticas, podendo, em menor escala, infectar humanos. Até o momento, não há registro de transmissão sustentada entre pessoas.
Entre os principais sintomas nas aves estão dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular, espirros, incoordenação motora, torcicolo, diarreia e alta mortalidade. Qualquer suspeita da doença — incluindo sinais respiratórios, neurológicos ou morte súbita e elevada em aves — deve ser notificada imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária.
Risco de adaptação do H5 a mamíferos
De acordo com Marie-Anne Rameix-Welti, chefe do centro de infecções respiratórias do Instituto Pasteur, a principal preocupação é que o subtipo H5 se adapte aos mamíferos e passe a circular de forma eficiente entre humanos.
Uma pandemia de gripe aviária provavelmente seria bastante grave, potencialmente até mais grave do que a pandemia que vivenciamos. Marie-Anne Rameix-Welti, em entrevista à Reuters
Ela ressalta que, embora o vírus seja altamente patogênico, ainda não desenvolveu essa capacidade de transmissão sustentada entre pessoas. Mesmo assim, o histórico recente causa alerta: surtos em diversos países levaram ao abate de centenas de milhões de aves, com impacto no abastecimento de alimentos e aumento de preços.
Ausência de anticorpos e potencial de gravidade
Um dos fatores que ampliam a preocupação é a falta de anticorpos na população contra a variante H5. Há alguma imunidade prévia às versões sazonais H1 e H3 da gripe, mas não à influenza aviária, o que pode favorecer quadros mais graves.
Marie-Anne lembra que, ao contrário da Covid-19, os vírus influenza são capazes de provocar desfechos severos mesmo em indivíduos saudáveis, incluindo crianças.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam quase mil casos humanos de infecções por H5 entre 2003 e 2025. A letalidade média, de 48%, reflete o perfil das ocorrências, quase sempre associadas a pessoas que tiveram contato direto com aves infectadas.
Casos recentes e avaliação do risco atual
Neste mês, os Estados Unidos confirmaram o primeiro caso de H5N5 em humanos, em Washington. O paciente, que já apresentava outras doenças, morreu dias depois.
Apesar disso, especialistas reforçam que a probabilidade de uma pandemia começar agora é considerada baixa.
Precisamos estar preparados para responder rapidamente, mas o risco atual é muito baixo. Gregorio Torres, da Organização Mundial de Saúde Animal
Ele enfatiza que continua sendo seguro consumir frango e ovos, assim como circular em áreas rurais.
Ferramentas disponíveis para conter um avanço
Pesquisas avançam em duas frentes principais: monitorar mutações do vírus e preparar respostas rápidas a eventuais mudanças significativas. Marie-Anne destaca que o cenário atual é diferente do início da pandemia de Covid-19, já que hoje existem instrumentos específicos prontos para uso caso a transmissão entre humanos se torne realidade.
Vacinas candidatas contra o H5 já estão desenvolvidas, e a tecnologia para produzir novos imunizantes em pouco tempo está consolidada. Além disso, antivirais eficazes contra esse tipo de influenza já estão estocados.
Para os cientistas, o momento exige vigilância permanente, mas sem alarmismo. O vírus continua circulando principalmente entre animais, e o salto evolutivo necessário para provocar uma pandemia ainda não ocorreu.
A prioridade é manter sistemas de monitoramento ativos e garantir capacidade de resposta rápida caso surjam mudanças relevantes no comportamento do vírus. Informações relatadas pelo portal Metrópoles.
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