Inflação em passagens aéreas atinge maior alta desde 2011 segundo IBGE

IPCA-15 registra aumento de 48,11% nas tarifas aéreas, impactando orçamento dos brasileiros; Governo avalia medidas

Por Plox

28/12/2023 15h09 - Atualizado há 7 meses

 O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou nesta quinta-feira um aumento significativo nos preços das passagens aéreas, com a inflação atingindo 48,11% no acumulado do ano, conforme dados do IPCA-15. Esta é a maior alta anual desde 2011, quando o aumento foi de 53,1%.

Cenário de retomada e custos elevados Esse aumento ocorre em um contexto de retomada das viagens após as restrições da pandemia de Covid-19. As companhias aéreas relatam altos custos operacionais no Brasil, incluindo despesas com querosene de aviação e juros, como fatores contribuintes para a elevação dos preços.

Comparativo com outros itens A variação das tarifas aéreas foi a segunda maior entre os 367 subitens que compõem o IPCA-15. O morango liderou com uma alta de 62,42%, enquanto a cebola teve a maior queda, com -30,86%.

Preocupação governamental e medidas propostas O governo de Luiz Inácio Lula da Silva demonstra preocupação com o impacto desses custos nos consumidores. Está em estudo o programa Voa Brasil, que visa fixar preços de R$ 200 em passagens para grupos específicos, como estudantes e aposentados. Paralelamente, as três principais companhias aéreas do país anunciaram um plano para tornar o transporte aéreo mais acessível, com a oferta de 25 milhões de passagens a preços reduzidos.

Declarações do Ministro da Fazenda O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou preocupação com a situação. "O único componente da inflação que está preocupando o governo é a passagem aérea," disse ele após a divulgação do IPCA-15. Em dezembro, o índice geral subiu 0,40%, enquanto as passagens aéreas registraram um aumento de 9,02%, representando a maior pressão sobre o IPCA-15.

 

 


 

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