
As arboviroses, doenças transmitidas por mosquitos como o Aedes aegypti e outros vetores, registraram números alarmantes em 2024 e apresentam riscos ainda maiores para 2025. Além da dengue, chikungunya e zika, que já mobilizam especialistas, a emergência do oropouche tem gerado preocupação adicional. Essa nova ameaça se soma aos impactos já visíveis das mudanças climáticas na disseminação das doenças.
Impacto da crise climática na disseminação das arboviroses
Um estudo divulgado em novembro revelou que as mudanças climáticas desempenham um papel crucial no aumento das arboviroses. A projeção é de que até 2050, 40% dos casos estejam relacionados a alterações no clima. Atualmente, 19% das infecções no Brasil já são atribuídas a esse fator.
Mudanças nos regimes de chuvas e nas temperaturas entre as estações beneficiam a reprodução de mosquitos, ampliando sua presença até mesmo em regiões mais frias, como o Sul do Brasil. "Hoje, o vetor evoluiu e se adaptou", afirmou Tânia Fonseca, coordenadora da FioCruz.
O avanço preocupante do oropouche
O oropouche, diferente das arboviroses mais conhecidas, é transmitido pelo maruim, um inseto que antes era associado apenas a áreas isoladas do Nordeste. Agora, a doença se espalhou para outras regiões do país, com destaque para o Espírito Santo, onde mais de 3.100 casos foram registrados em 2024.
Os sintomas, semelhantes aos da dengue, incluem dores musculares, náuseas e dores de cabeça, mas há um agravante: a transmissão vertical, da mãe para o bebê, o que pode levar a malformações congênitas ou até à morte fetal. Casos fatais já foram registrados em estados como Ceará, Acre, Bahia e Maranhão.
Dados alarmantes de 2024
Os números de arboviroses no Brasil em 2024 refletem uma situação crítica:
A chikungunya, por sua vez, apresentou o maior aumento de letalidade devido à proliferação de mosquitos e baixa resistência da população a anticorpos.
Estratégias e orçamento para 2025
Para enfrentar o aumento das arboviroses, o governo federal anunciou um orçamento de R$ 1,5 bilhão. As ações incluem:
Desafios futuros
O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde, Rivaldo Cunha, destacou que o enfrentamento às arboviroses ainda demanda mais esforços de pesquisa, especialmente em relação ao oropouche, para evitar uma crise similar à da zika em 2015, quando mais de 10 mil casos de microcefalia foram registrados. "Não queremos vivenciar a mesma correria da zika com o oropouche", alertou.
O avanço das arboviroses no Brasil reforça a necessidade de ações coordenadas e adaptadas a um cenário agravado pelas mudanças climáticas e pela adaptação dos vetores a novos ambientes.
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