Carlos Bolsonaro investigado pela PF em operação sobre uso ilegal da Abin
Ação apura monitoramento indevido de cidadãos e ligações com estrutura paralela dentro da agência de inteligência.
Por Plox
29/01/2024 09h16 - Atualizado há mais de 1 ano
Na manhã desta segunda-feira (29/1), a Polícia Federal deflagrou uma nova fase de uma operação que investiga o uso indevido de software da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitoramento ilegal de cidadãos. Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, é um dos principais alvos dessa operação. Mandados de busca e apreensão foram executados na residência de Carlos e em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Contexto da Investigação A investigação da PF busca desvendar uma possível organização criminosa que se instalou na Abin durante o governo Bolsonaro. Essa organização seria responsável por monitorar autoridades públicas e outras pessoas de forma ilegal. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e deputado federal, também é um dos alvos da operação. Ele e Carlos Bolsonaro têm uma relação próxima, evidenciada pela coordenação da campanha eleitoral de Ramagem para a Prefeitura do Rio de Janeiro, a ser realizada neste ano.
Uso Indevido da Abin As investigações apontam para a existência de uma "Abin paralela", que teria sido usada para interesses políticos durante o governo de Jair Bolsonaro. Esta estrutura seria utilizada para espionar opositores ou críticos da administração anterior, visando beneficiar a família Bolsonaro e aliados. Entre os supostos objetivos estava a criação de falsas narrativas contra políticos e membros do Supremo Tribunal Federal (STF), tentando associá-los à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Posição de Carlos Bolsonaro Até o momento da publicação desta matéria, Carlos Bolsonaro não havia se pronunciado sobre as alegações. O espaço para manifestações por parte de Carlos Bolsonaro permanece aberto, conforme informado pelo Correio Braziliense.