PF realiza buscas em residência de Carlos Bolsonaro com presença do Pai e Irmãos em Angra dos Reis

Ação da Polícia Federal em casa na região dos Lagos visa investigar esquema de espionagem na Abin durante governo Bolsonaro

Por Plox

29/01/2024 10h25 - Atualizado há 9 meses

A Polícia Federal realizou, na manhã desta segunda-feira (29), operações de busca e apreensão em uma casa em Angra dos Reis, Região dos Lagos do Rio de Janeiro, onde estavam presentes o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além dos irmãos de Carlos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Segundo a jornalista Daniela Lima, do portal G1, os Bolsonaro realizaram uma "super live" no local na noite anterior para mobilizar aliados na campanha eleitoral deste ano. Eles teriam deixado a residência de barco após a chegada dos agentes da PF, retornando algum tempo depois.]

 

Foto: Reprodução/YouTube

As buscas são um desdobramento da operação "Vigilância Aproximada", iniciada na última quinta-feira (25), que investiga um esquema de espionagem ilegal conduzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. O foco da operação é identificar os responsáveis pelo monitoramento de opositores políticos do ex-presidente. Além de Angra, a PF realizou buscas no Rio de Janeiro, em locais como a casa de Carlos Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, e em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

No total, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes locais, incluindo Rio de Janeiro, Brasília, Formosa (GO) e Salvador (BA). A Polícia Federal busca avançar nas investigações, focando no núcleo político por trás das ações ilegais na Abin, conforme declarado em nota.

A investigação também envolve Alexandre Ramagem, que foi diretor da Abin durante a gestão Bolsonaro. A PF identificou o uso da ferramenta FirstMile para espionar ilegalmente opositores do governo, incluindo ministros do STF, políticos e jornalistas, sem a devida autorização judicial. Entre os espionados estavam os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes do STF, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana, e os ex-deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ) e David Miranda (PDT-RJ), este último falecido em maio do ano passado. O jornalista Glenn Greenwald, marido de David, também teria sido monitorado
 

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