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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tem adotado uma postura de antagonismo em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas enfrenta desafios para conquistar a base bolsonarista. Embora tenha dado espaço ao PL em sua administração, Zema é visto por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um político de centro, o que gera resistência dentro da ala mais conservadora da direita mineira.
Lideranças do PL em Minas Gerais não enxergam Zema como um nome natural para suceder Bolsonaro em 2026. O deputado estadual Sargento Rodrigues (PL), por exemplo, critica o governador por não atuar ativamente contra pautas progressistas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
“Como ele vai capitalizar um eleitorado de direita se não é de direita?”, questiona Rodrigues, citando a falta de mobilização de Zema contra projetos ligados à igualdade de gênero. Em 2023, quando a ALMG aprovou a reforma administrativa do governador, o PL tentou barrar a inclusão da promoção da igualdade de gênero nas diretrizes pedagógicas, mas o pedido foi ignorado pelo Executivo.
Rodrigues também lembra que, em 2022, Zema evitou apoiar Bolsonaro no primeiro turno das eleições, o que, segundo ele, reforça o distanciamento do governador da ala mais radical da direita. “Se ele fosse de direita, ele teria ficado com dúvidas?”, ironiza o parlamentar.
O deputado estadual Eduardo Azevedo (PL) reforça essa percepção, apontando que Zema tem um perfil de centro-direita que não agrada a base bolsonarista. “Infelizmente, a imagem do governador na segurança pública não é bem aceita”, acrescenta, mencionando desgastes da gestão com as forças de segurança do estado.
Mesmo o próprio Bolsonaro já demonstrou dúvidas sobre o potencial de Zema em uma disputa presidencial. “Bom administrador também, mas, no meu entender, (é) conhecido mais em Minas Gerais ainda”, afirmou o ex-presidente em entrevista à CNN.
Inicialmente, Bolsonaro chegou a indicar que Zema seria uma “boa opção” para 2030, mas agora parece relutar em aceitar a possibilidade do mineiro como representante da direita em 2026.
Diante da resistência bolsonarista, o Novo acredita que o movimento de Zema em direção ao centro pode ser uma estratégia mais eficaz para viabilizar uma candidatura competitiva. O presidente do partido em Minas Gerais, Christopher Laguna, reconhece que há atritos com figuras da ala mais radical do bolsonarismo, mas avalia que a direita está sem opções devido à inelegibilidade de Bolsonaro e Ronaldo Caiado (União), enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) deve buscar a reeleição em São Paulo.
Laguna argumenta que Zema representa uma alternativa viável para o espectro da direita, sem abrir mão do diálogo com o centro. “Os deputados mais bolsonaristas podem até ter um atrito conosco, mas acreditamos que seja importante não só para o Brasil, mas para o contexto de Minas, ser (o nome) de Zema”, afirma.
O vice-governador Mateus Simões (Novo) endossa essa estratégia e reforça que o governador não pode ignorar o eleitorado de centro. “Se o centro não tivesse caminhado com Lula, teríamos ganhado a eleição passada na esfera federal”, observa Simões, sugerindo que um discurso radicalizado pode afastar parte do eleitorado.
Mesmo diante da rejeição de aliados de Bolsonaro, o Novo vê essa situação com naturalidade e até como um fator positivo. Internamente, o partido argumenta que o eleitor médio não enxerga Zema como um bolsonarista, o que pode ampliar sua aceitação fora da base ideológica mais rígida.
Assessores do governador apontam que, em 2026, os candidatos da direita precisarão criticar Lula sem necessariamente herdar o capital eleitoral de Bolsonaro. Para eles, nomes como Zema, Caiado, Ratinho Jr. (PSD) e o empresário Pablo Marçal (PRTB) devem buscar uma narrativa independente para crescer na disputa.
Embora o apoio de Bolsonaro seja considerado relevante, o Novo também avalia que essa aliança pode trazer custos eleitorais. Como exemplo, citam a derrota do deputado estadual Bruno Engler (PL) na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. Apesar de ter avançado ao segundo turno na frente do adversário Fuad Noman (PSD), Engler acabou derrotado, o que, para interlocutores do Novo, reforça a tese de que a marca bolsonarista pode ser um fator limitador.
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