Condenado por crime brutal opta por retorno à prisão após "Saidinha" controversa
Liberação temporária de Francisco Simões, responsável pela morte de um menor, suscita debate e indignação em Montes Claros
Por Plox
29/02/2024 08h08 - Atualizado há 10 meses
Francisco Simões de Almeida, após ser beneficiado por uma saída temporária da prisão, solicitou seu próprio retorno ao sistema prisional, em um episódio que gerou ampla discussão e descontentamento em Montes Claros, Minas Gerais. O homem, condenado pelo estupro e assassinato do menino Sidney Junior em 2007, teve sua "saidinha" revogada a pedido próprio, segundo informou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Controvérsia em Torno da "Saidinha"
A concessão da saída temporária a Simões, que cumpre pena de 26 anos e 10 meses por um dos crimes mais chocantes da região, causou consternação entre os moradores. O caso, marcado pela violência extrema contra a criança, ainda ressoa com dor e revolta na comunidade. Simões, que confessou o crime detalhadamente após sua prisão, demonstrou pouco arrependimento pelas suas ações, o que apenas intensificou o clamor público contra benefícios penais para condenados por crimes hediondos.
O Pedido de Retorno à Prisão
De acordo com a Sejusp, Simões, que estava aproveitando uma das saídas temporárias autorizadas pelo judiciário, decidiu voltar antecipadamente à prisão, um gesto que evitou a escalada da indignação popular. A decisão ocorre em um momento em que o debate sobre o fim da "saidinha" ganha força no Congresso Nacional, com um projeto de lei que visa restringir esse benefício, especialmente para condenados por crimes graves.
Debate Nacional Sobre a "Saidinha"
O caso de Simões coincide com discussões legislativas em torno da saída temporária de presos. Recentemente, o Senado Federal aprovou um projeto que limita esse benefício, o qual agora aguarda nova votação na Câmara dos Deputados. Se aprovado e sancionado, poderá alterar significativamente a política de concessões temporárias para detentos, especialmente aqueles condenados por delitos sérios.