Polícia investiga médica por falso laudo de câncer

A investigação, que já conta com nove vítimas que formalizaram denúncias contra a médica, busca reunir evidências suficientes para fundamentar as acusações e garantir a responsabilização da acusada

Por Plox

29/02/2024 18h57 - Atualizado há 5 meses

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) intensificou as investigações contra uma médica acusada de emitir diagnósticos falsos de câncer, levando pacientes a desembolsarem grandes quantias de dinheiro em tratamentos desnecessários. A operação, que envolveu a execução de mandados de busca e apreensão em endereços associados à profissional, visa esclarecer as acusações de estelionato e lesão corporal imputadas a ela.


Foto: Fábio Dias/ EPR

Segundo as informações divulgadas, alguns pacientes relataram ter pago até R$ 10 mil após serem erroneamente informados sobre a presença da doença. A investigação, que já conta com nove vítimas que formalizaram denúncias contra a médica, busca reunir evidências suficientes para fundamentar as acusações e garantir a responsabilização da acusada pelos prejuízos causados aos pacientes ludibriados.

 

Entenda o caso

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou uma operação para apurar acusações contra uma médica suspeita de enganar pacientes com diagnósticos falsos de câncer em Pato Branco, região Sudoeste do estado. A investigação revelou que vítimas buscavam a profissional para consultas dermatológicas, durante as quais eram informadas da suspeita de câncer em algumas pintas. Amostras eram coletadas para exame em laboratório de patologia.

Posteriormente, a médica convocava os pacientes novamente, alegando que os laudos confirmavam a presença do câncer e realizava procedimentos cirúrgicos para a "remoção" da doença, cobrando valores que variavam entre R$ 5 mil e R$ 13 mil. Contudo, ao procurarem os laboratórios para obter os laudos originais, as vítimas descobriram que não havia diagnóstico de câncer.

A ação policial, que ocorreu na última sexta-feira (23), resultou na apreensão de computadores, celulares e documentos. A PCPR aguarda o laudo pericial dos itens apreendidos para fortalecer o caso contra a médica, que será encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público.

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) também se pronunciou, afirmando que iniciará um procedimento sindicante para investigar as denúncias de desvio ético pela médica, garantindo o direito ao contraditório e à ampla defesa, conforme o Código de Processo Ético-Profissional. O caso segue sob investigação, com os procedimentos conduzidos sob sigilo.

 

 


 

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