Suzane Louise, inicia faculdade de direito em Bragança Paulista
Quando se envolveu no crime que resultou na morte de seus pais, ela estava matriculada no curso de direito
Por Plox
29/02/2024 11h37 - Atualizado há 7 meses
Aos 40 anos, Suzane Louise Magnani Muniz, conhecida anteriormente como Suzane Von Richthofen, deu início a sua jornada acadêmica em direito na Universidade São Francisco, situada em Bragança Paulista, interior de São Paulo. Esta nova etapa começou oficialmente na quarta-feira (28), marcando sua presença pela primeira vez nas aulas, apesar de o semestre letivo ter começado uma semana antes.
Residindo atualmente em Bragança Paulista com seu esposo, o médico Felipe Zecchini Nunes, Suzane conseguiu sua vaga na instituição de ensino superior destacando-se no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), garantindo sua aprovação com mérito.
No seu primeiro dia de aula, optou por uma entrada discreta, escolhendo um traje composto por camiseta preta, calças cinza e tênis brancos, e dirigindo-se à última fila de cadeiras, próxima à porta, após cumprimentar os colegas. Esta decisão de evitar os dias iniciais do semestre letivo foi uma estratégia para esquivar-se do tradicional ritual de apresentação aos novos alunos, uma prática comum entre os calouros da universidade.
Suzane já havia iniciado um curso superior anteriormente. Em 2002, quando se envolveu no crime que resultou na morte de seus pais, ela estava matriculada no curso de direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), mas teve seus estudos interrompidos devido à prisão.
Após tentativas de ingressar em outros cursos superiores — como administração na Universidade Anhanguera de Taubaté e farmácia, seguido de uma mudança para biomedicina —, Suzane enfrentou obstáculos legais e sociais que impediram sua continuidade nos estudos em diferentes momentos. Entretanto, após ser aprovada no Enem, ela optou pela Universidade São Francisco para cursar direito, demonstrando perseverança em sua trajetória acadêmica.
Além disso, sua história inclui desafios em relação à aceitação no meio acadêmico, com tentativas anteriores de matrícula sendo barradas por questões judiciais e receios de repúdio por parte de alunos e professores.