Neurocientista brasileiro publica estudo em que expõe "verdadeiro segredo da felicidade"
Componente da Sociedade Brasileira e Europeia de Neurociência, Fabiano de Abreu tem pesquisa sobre felicidade reproduzida na Latin American
Por Plox
29/03/2021 12h06 - Atualizado há quase 4 anos
Vamos falar a verdade: há alguma pessoa nesse mundo que nunca desejou ser feliz, pelo menos uma vez na vida? A felicidade é algo que qualquer um pretende alcançar. Há os que se mostram obstinados em tê-la e os que desejam parecer usufrui-la. Para tratar este tema, fomos atrás de um estudo do neurocientista e neuropsicólogo Fabiano de Abreu, que também é membro da Federação Europeia de neurociência. Ele conta que "não há felicidade constante, já que felicidade são picos de emoções variáveis e de acordo com acontecimentos. As sensações que são definições de felicidade são de acordo com a resposta do equilíbrio. Quando se está incomodado, por qualquer circunstância que seja, alterar-se níveis e possibilidades de sensações de felicidade, vou chamar de sensações de felicidade, qualquer sentimento e/ou emoção que leve a determinação vulgar de felicidade, como alegria, satisfação, contentamento, bem-estar, prazer, júbilo, ledice, gosto, aprazimento, deleite, regozijo, euforia, bem-aventurança.".
A colocação de Abreu de que não há felicidade constante diverge, entretanto, do senso de urgência de muitos que acreditam que precisam ser felizes o tempo todo. O estudo do neurocientista revela que a felicidade depende de nossa biologia também e, em diversas vezes, não possuímos a ideia de todo o processo.
"Os estudos concluem que a dopamina nos fornece aquele pico de felicidade, mas que neurotransmissores como a serotonina, dopamina, ocitocina, hormônios como o cortisol, entre todos os outros precisam ter seu bom funcionamento, ou seja, a homeostase se faz necessária para que isso ocorra. Assim como o equilíbrio relacionado às regiões do córtex pré frontal com o fascículo do cíngulo, que passa do giro do cíngulo ao giro parahipocampal no sistema límbico", explica Abreu.
Não estão errados aqueles que apostam no equilíbrio para usufruir da felicidade.
"Cognitivamente é sabido que tudo na vida precisa do equilíbrio, nele encontramos o conforto necessário para mais picos de felicidade e mais e melhores sensações de felicidade. O conforto na consciência relacionado à cultura e personalidade do indivíduo influencia na determinação da liberação dos neurotransmissores da felicidade, assim como na sua intensidade", ensina o neurocientista.
Para alcançar a felicidade, precisamos contrabalancear nossas determinações, o mundo que está à nossa volta e a nossa genética.
"Comportamentos e hábitos, probabilidade genética, inteligência, a homeostase são fatores determinantes que definem o segredo da felicidade. A genética define probabilidades, comportamentos e hábitos como alimentação, exercícios físicos, tratamento, etc, define equilíbrio, inteligência define controle emocional, pensamentos, comportamentos e hábitos e a homeostase está no resultado de todas essas ações e a genética.", constata o neurocientista.
O título da pesquisa de Fabiano de Abreu é Neurofisiologia filosófica da felicidade: O segredo da felicidade está na homeostase; pessoas de alto QI têm mais chances de encontrar um melhor equilíbrio e ela foi publicada na revista Archives of Health da Latin American.