Força nacional encerra operação em Mossoró sem capturar foragidos

Cerca de 40 dias após sua chegada a Mossoró, Rio Grande do Norte, a Força Nacional inicia o processo de retirada sem ter conseguido capturar os foragidos Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, membros do Comando Vermelho. Estes criminosos ganharam notoriedade ao serem os primeiros a fugir de um presídio de segurança máxima no Brasil desde sua criação em 2006. A operação, iniciada em 14 de fevereiro sob a liderança da Polícia Federal, contava com 111 agentes, entre policiais e bombeiros, que agora retornam a Brasília após um esforço intenso de busca que envolveu tecnologias como helicópteros, drones e cães farejadores.

Extensão e recursos da operação 

Os agentes chegaram em 23 de fevereiro com a missão de localizar os fugitivos em um período inicial de 30 dias, prazo este que foi estendido por mais dez dias pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A decisão de não prorrogar novamente a operação veio mesmo diante da dificuldade imposta pela geografia local, que inclui vasta vegetação e centenas de cavernas, proporcionando aos foragidos numerosos esconderijos. A busca pela dupla continua, no entanto, sem uma data definida para conclusão, enquanto a operação já custou mais de R$ 1,5 milhão aos cofres públicos.

Ações e descobertas durante a operação 

Durante o período de operações, a Força Nacional realizou buscas intensivas na região, que resultaram na prisão de seis pessoas suspeitas de colaborar com a fuga dos criminosos. Investigações apontam para a possibilidade de uma facção criminosa ter facilitado a fuga ao custear R$ 5 mil para o proprietário de uma fazenda local, que teria auxiliado os foragidos a se ocultarem em sua propriedade. Além disso, relata-se que a dupla invadiu residências e fez uma família de refém, mostrando o grau de periculosidade e desafio que suas capturas representam.