Supremo marca julgamento que decidirá se Ednaldo Rodrigues fica ou sai da presidência da CBF
STF agendará decisão sobre liderança da CBF para abril
Por Plox
29/03/2024 14h49 - Atualizado há 9 meses
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu o dia 24 de abril como data para deliberar sobre o destino de Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A controvérsia surge após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinar seu afastamento em dezembro de 2023, uma decisão que, se mantida pelo STF, pode levar à convocação de novas eleições para a presidência da entidade.
Conflitos de interesse podem influenciar julgamento
A análise do caso pelo STF apresenta nuances interessantes, pois dois ministros podem abstener-se devido a possíveis conflitos de interesse: Luiz Fux, cujo filho atuou como advogado em um acordo relacionado ao caso, e Luís Roberto Barroso, tio de um dos advogados de Ednaldo Rodrigues.
Retorno temporário e a influência do PC do B
Em uma reviravolta temporária, Ednaldo Rodrigues foi reconduzido à presidência da CBF em janeiro de 2024, após decisão liminar do ministro Gilmar Mendes. Essa medida foi impulsionada pelo PC do B, partido com históricos laços com Alcino Reis Rocha, secretário-geral da CBF. Mendes destacou a importância do papel de Rodrigues para a participação do Brasil em competições internacionais, como o Pré-Olímpico para Paris-2024.
Interim e disputa eleitoral
Durante o afastamento de Rodrigues, José Perdiz de Jesus assumiu interinamente a CBF, preparando o terreno para possíveis eleições, com Flávio Zveiter e Reinaldo Carneiro Bastos emergindo como pré-candidatos.
Origem e controvérsia do caso
O cerne da questão remonta a 2018, quando o Ministério Público do Rio de Janeiro desafiou a conformidade do estatuto da CBF com a Lei Pelé, criticando a discrepância de pesos nas votações para presidente entre clubes e federações estaduais. A eleição de Rogério Caboclo, então presidente, foi anulada em 2021, mas uma subsequente intervenção foi rapidamente revertida. Um acordo extrajudicial entre a CBF e o Ministério Público resultou na eleição de Ednaldo Rodrigues em 2022. Contudo, uma contestação por Gustavo Feijó, vice-presidente na gestão de Caboclo, levou à ordem de afastamento de Rodrigues em dezembro de 2023, catalisando a atual revisão pelo STF.