Aos 85 anos, morre Marcos Vilaça, ex-presidente da ABL e do TCU

O Brasil perdeu, neste sábado (29), um de seus grandes nomes da cultura e da vida pública. Marcos Vilaça, escritor, advogado e jornalista, morreu aos 85 anos, em Recife, vítima de falência múltipla dos órgãos.

Foto: Agência Brasil

Internado na Clínica Florença, no Bairro das Graças, Vilaça não resistiu às complicações de saúde. De acordo com a Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual era membro, ele será cremado, e suas cinzas lançadas na Praia de Boa Viagem, local que guarda também as cinzas de sua esposa, Dona Maria do Carmo — um desejo antigo do casal.

Natural de Pernambuco, Marcos Vilaça ocupava a Cadeira nº 26 da ABL, sendo seu sétimo ocupante. Ele também teve atuação marcante na vida pública, tendo sido Ministro e Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). Na ABL, presidiu a instituição nos biênios 2006-2007 e 2010-2011. Além disso, foi membro da Academia Pernambucana de Letras.

Sua trajetória literária teve início ainda nos anos 1950, com destaque para o discurso \"Conceito de Verdade\", proferido no Salão Nobre do Colégio Nóbrega, publicado em 1958. No mesmo ano, lançou \"A Escola e Limoeiro\", seguido, em 1960, pelas crônicas de viagem reunidas na obra \"Americanas\".

Já em 1961, publicou \"Em torno da Sociologia do Caminhão\", um de seus trabalhos mais reconhecidos, premiado com o Joaquim Nabuco pela Academia Pernambucana de Letras. Sua produção intelectual o consolidou como um dos grandes nomes da cultura brasileira no século XX.