Defensora pública morre após tentativa de colocar DIU em Roraima

Geana Aline, de 39 anos, teve falência múltipla de órgãos após procedimento ginecológico; polícia e Ministério Público investigam o caso

Por Plox

29/03/2025 09h33 - Atualizado há 4 dias

A morte da defensora pública Geana Aline de Souza, de 39 anos, ocorrida na última terça-feira (25), está sendo investigada pela Polícia Civil de Roraima. A causa, segundo relatos da família, teria sido uma infecção generalizada após um procedimento ginecológico para tentativa de inserção de um DIU (dispositivo intrauterino).


Imagem Foto: Reprodução


O procedimento ocorreu no dia 18 de março, com a médica Mayra Suzanne Garcia Valladão. De acordo com o esposo da defensora, o empresário Cláudio Rodrigues, de 40 anos, o dispositivo não chegou a ser inserido, mas Geana passou a apresentar sintomas como febre e dores intensas logo após deixar o consultório e retornar para casa.



Seu quadro clínico se agravou rapidamente, e ela foi levada ao Hospital Ville Roy, onde deu entrada às 15h25 do dia 25. Conforme informações da unidade de saúde, ela já apresentava um estado considerado “gravíssimo”, com sinais de choque séptico e abdômen agudo perfurativo, com foco ginecológico. Geana foi submetida a uma cirurgia de emergência e internada na UTI, mas não resistiu. A morte foi registrada às 22h50 do mesmo dia.



A família informou que a infecção começou no colo do útero e se espalhou por todo o organismo, comprometendo rins e fígado. A Polícia Civil registrou um boletim de ocorrência e está conduzindo as investigações por meio do 1º Distrito Policial. O Ministério Público de Roraima também acompanha o caso, e o Conselho Regional de Medicina (CRM-RR) confirmou que irá instaurar uma sindicância para apurar a conduta médica.


Em nota oficial, a médica responsável classificou o caso como uma “fatalidade” e afirmou que não há relação entre a morte e os procedimentos realizados por ela, ressaltando que ofereceu toda a assistência necessária à paciente. A defesa da médica garantiu que os fatos serão esclarecidos no momento oportuno.


O caso gerou grande comoção no estado e levanta questionamentos sobre a condução de procedimentos ginecológicos e a responsabilidade médica em situações críticas como essa.


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