Lula defende Janja após críticas por viagem antecipada ao Japão
Presidente rebate oposição e diz que primeira-dama vai continuar fazendo o que gosta; Janja esteve no Japão e depois seguiu para a França
Por Plox
29/03/2025 20h43 - Atualizado há 3 dias
Durante entrevista concedida neste sábado (29), antes de deixar Hanói, no Vietnã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou sobre as críticas que surgiram após a viagem da primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, ao Japão. Segundo ele, Janja 'não é clandestina' e 'vai continuar fazendo o que ela gosta'.

A polêmica surgiu após a chegada de Janja ao Japão, uma semana antes de Lula, sem divulgação oficial. Isso gerou ataques por parte da oposição, que questionou a falta de transparência sobre a viagem. No entanto, Janja esclareceu à BBC News Brasil que não houve qualquer ocultação e que viajou com a equipe precursora com o objetivo de economizar na passagem aérea.
Após participar de eventos no Japão, incluindo um jantar no Palácio Imperial de Tóquio com o imperador Naruhito e a imperatriz Masako, a primeira-dama seguiu para a França, onde discursou sobre desnutrição infantil no evento Nutrition for Growth. O convite para o evento foi feito pelo próprio presidente francês, Emmanuel Macron.

Lula afirmou que Janja 'não faz viagem apócrifa' e reforçou que sua participação no evento na França foi legítima e relevante, destacando o orgulho que sentiu pela atuação da esposa. Ele também negou que a viagem tenha sido feita de forma escondida, afirmando que não dá atenção a críticas que considera como 'fake news' ou 'molecagem'.
O presidente completou dizendo que Janja 'vai estar aonde ela quiser, vai falar o que ela quiser e vai andar para onde ela quiser', reforçando o papel ativo da primeira-dama em agendas públicas internacionais.
Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, arquivou todos os pedidos de investigação sobre os gastos relacionados às viagens de Janja, apresentados por parlamentares da oposição.
Ao final da entrevista, Lula declarou que sua esposa 'não nasceu para ser dona de casa' e reiterou que ela continuará exercendo suas atividades com autonomia e protagonismo.