Drogas são escondidas em locais inusitados para passar por revista em presídios
Na Papuda, entre janeiro e abril deste ano, 48 pessoas foram presas ao tentarem passar com drogas
Por Plox
29/04/2019 07h36 - Atualizado há cerca de 6 anos
Criminosos brasileiros sempre usam de muita criatividade para esconder drogas de todo o tipo, com a finalidade de entrar nas penitenciárias e entregar entorpecentes aos comparsas. A droga entre os detentos trazem respeito e poder de negociação nos grupos.
No Complexo Penitenciário da Papuda, localizado no Distrito Federal, entre janeiro e abril deste ano, 48 pessoas foram presas ao tentarem passar com drogas ocultadas. Já em 2018, foram pegos 201 visitantes que levavam porções de rogas dentro de objetos inesperados.
O subsecretário do Sistema Penitenciário (Sesipe), delegado Adval Cardoso, afirma que as apreensões têm frequência nos dias da visitação aos presos. “Nosso principal alvo é reduzir ao máximo a entrada de drogas nas unidades prisionais da Papuda. Os entorpecentes provocam instabilidade dentro do sistema e vamos evitar isso”, alegou.
Os visitantes que conseguiram passar pela revista, esconderam pequenas embalagens de drogas dentro de bananas, chinelos, pasta de dentes. Normalmente, os objetos são abertos com cuidado, a droga é inserida e o invólucro é lacrado.
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
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Quando são localizados os entorpecentes escondidos, os agentes penitenciários conseguem os encontrar com a ajuda de scanners corporais. Em muitas ocasiões, os visitantes se esforçam para levar grandes quantidades de dinheiro. Mas a autorização é somente de valores já definidos para o consumo da droga pelos presidiários dentro do sistema prisional, além disso, o visitante não pode sair com nenhum valor em dinheiro da visita.
Quem é pego com algo ilícito, é levado para o Instituto Médico Legal (IML) para exames. Quando o entorpecente está ocultado no corpo do visitante, ele é lavado a um hospital, sob escolta. O próximo passo é encaminhar a pessoa para a 30ª Delegacia de Polícia, em São Sebastião. Lá, é feito o boletim de ocorrências, com auto de prisão em flagrante.
Em todo o ano passado, segundo o subsecretário, foram feitas buscas recorrentes de celulares em todas as cadeias do Distrito Federal, porém, no regime fechado, não foi localizado nenhum aparelho.