Brasil recebe primeiro lote de vacinas da Pfizer nesta quinta (29)

Segundo informações do Ministério da Saúde, a orientação é que sejam priorizadas as capitais, devido às condições de armazenamento da vacina

Por Plox

29/04/2021 08h21 - Atualizado há cerca de 3 anos

Nesta quinta-feira (29), chega ao Brasil o primeiro lote de vacinas da Pfizer. O lote, com 1 milhão de doses de vacinas, chegará por volta das 19h, no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo.

Segundo informações do Ministério da Saúde, as doses serão distribuídas aos 26 estados e ao Distrito Federal, e a orientação é que sejam priorizadas as capitais, devido às condições de armazenamento da vacina, que exige temperaturas muito baixas.

Foto: divulgação

 

Conforme o Ministério da Saúde, os entes federados receberão de forma proporcional e igualitária. Os frascos serão entregues em temperaturas entre -25ºC e -15ºC, cuja conservação pode ser feita apenas durante 14 dias. Após entrar na rede de frio, com temperaturas de armazenamento entre 2ºC e 8ºC, o prazo para aplicação é de cinco dias.

Por essa razão, o ministério informou que enviará duas remessas diferentes. Cada uma delas terá 500 mil doses e será referente, respectivamente, à primeira e segunda doses que cada cidadão deverá receber.  

O Ministério da Saúde comprou 100 milhões de doses do imunizante. Em março, em reunião com a farmacêutica, a pasta apresentou a previsão de que até junho seriam entregues 13,5 milhões.

 

Ministério da Saúde distribui 5,2 milhões de doses de vacina
A partir desta quinta, o Ministério da Saúde vai distribuir mais 5,2 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Serão 5,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e 104,8 mil doses da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. Todos os estados e o Distrito Federal receberão os imunizantes.

Foto: divulgação/ PMI

 

As doses são destinadas para a vacinação de idosos entre 60 e 64 anos, forças de segurança e salvamento e Forças Armadas que atuam na linha de frente da pandemia. Além disso, estão sendo enviadas vacinas adicionais para imunização de trabalhadores da saúde de Santa Catarina.

De acordo com o ministério, a estratégia de distribuição de vacinas contra a covid-19 é revisada semanalmente em reuniões tripartites – com participação dos governos federal, estaduais e municipais –, observando as confirmações do cronograma de entregas por parte dos laboratórios. O objetivo é garantir a cobertura do esquema vacinal no tempo recomendado de cada imunizante: quatro semanas para a vacina do Butantan e 12 semanas para as doses da Fiocruz.

 

Anvisa vistoria instalações da Fiocruz que produzirá vacina
Nessa quarta-feira (28), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que a planta industrial onde será produzido o  Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina contra covid-19 está sendo visitada nesta semana por técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desde segunda-feira (26), eles estão verificando as condições técnico-operacionais do espaço e analisando documentos. A inspeção deve ser concluída na sexta-feira (29).

Instituição científica vinculada ao Ministério da Saúde, a Fiocruz possui um acordo com a Universidade de Oxford e com a farmacêutica inglesa AstraZeneca para fabricar no Brasil a vacina Covishield. O imunizante já está sendo usado no país desde janeiro, quando as primeiras doses foram importadas da Índia.

A Fiocruz passou a produzi-lo larga escala em março. O IFA, no entanto, ainda precisa ser importado. Ele é fundamental na formulação da vacina porque traz a informação que faz com que o organismo comece a preparar suas defesas contra o vírus invasor. Sua produção ocorrerá no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos), localizado no Rio de Janeiro.

"A inspeção é um importante passo para viabilizar a produção do imunizante de forma 100% nacionalizada, a partir da transferência de tecnologia. As adaptações da área principal e a aquisição dos equipamentos necessários aos processos aconteceram em apenas seis meses, tendo sido realizados os testes de qualificações dentro do cronograma planejado", diz em nota a Fiocruz.

A Anvisa, órgão de regulação vinculado ao Ministério da Saúde, tem entre suas atribuições avaliar e aprovar de forma técnica o uso de vacinas no Brasil. A produção do IFA pela Fiocruz também precisa do seu aval.
 

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