Acusações de cárcere privado envolvem socialite e ex-motorista no Rio de Janeiro
Regina Gonçalves, viúva e herdeira do império Copag, relata ter sido mantida em cativeiro por dez anos
Por Plox
29/04/2024 09h45 - Atualizado há 12 meses
No coração de Copacabana, no luxuoso Edifício Chopin, uma história perturbadora veio à tona envolvendo a socialite Regina Gonçalves, de 88 anos. Viúva de Nestor Gonçalves, fundador da Copag, Regina acusou seu ex-motorista, José Marcos Chaves Ribeiro, de 53 anos, de mantê-la em cárcere privado por uma década. A revelação surgiu após a idosa conseguir escapar em janeiro deste ano e buscar refúgio na casa de um irmão.
A situação de Regina veio à luz após ela desaparecer dos círculos sociais em dezembro, levantando suspeitas entre os vizinhos e familiares. Em declarações ao programa Fantástico, da Rede Globo, ela descreveu os anos de isolamento: "Eu vivia em cativeiro, sem contato com ninguém". Embora Ribeiro não tenha sido localizado pela reportagem, sua defesa se absteve de comentários.
O caso tomou um rumo ainda mais complexo quando José Marcos apresentou à Justiça uma escritura de união estável, registrada em 2021, alegando um relacionamento consensual com Regina. A socialite, contudo, nega lembrar-se de ter assinado qualquer documento, e sua família expressou estranhamento quanto à alegada relação amorosa.
Regina e José Marcos viveram juntos por 14 anos antes da fuga dela. "Resolvi fugir para por um final nisso", afirmou ela, que agora está sob uma medida protetiva que obriga Ribeiro a manter distância de no mínimo 250 metros dela. No entanto, ele conseguiu uma decisão judicial que o nomeia curador de Regina, dando-lhe autoridade para gerir seu patrimônio.
Atualmente, o caso está sendo tratado tanto na esfera criminal, com José Marcos proibido de se aproximar de Regina, quanto na cível, onde ele mantém controle sobre os bens da socialite.
O patrimônio de Regina, herdado de seu marido, inclui o apartamento no Edifício Chopin e diversas outras propriedades, totalizando uma herança avaliada em R$ 2,5 bilhões em 1994. A socialite não tem filhos, e o legado de seu marido é objeto de disputa neste drama que ainda promete novos desdobramentos.