Faculdade expulsa 12 alunos por apologia ao estupro durante evento esportivo

Estudantes usaram bandeira e cantaram hinos com teor machista e violento em competição universitária

Por Plox

29/04/2025 16h40 - Atualizado há 10 dias

A Faculdade Santa Marcelina anunciou na noite desta segunda-feira (28) a expulsão de 12 estudantes do curso de Medicina, após a apuração de atos de apologia ao estupro durante uma competição esportiva universitária realizada em 15 de março deste ano.


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Durante o evento, conhecido como Intercalo e voltado para calouros, alunos exibiram uma bandeira com uma frase extremamente violenta e entoaram hinos com conteúdo machista e misógino, o que resultou em grande repercussão nas redes sociais. Em uma das imagens que circularam na internet, um grupo de estudantes aparece ao redor de uma bandeira onde se lia: “entra a p…, escorre sangue”.



Segundo comunicado divulgado pela instituição, além dos expulsos, outros 11 alunos receberam sanções regimentais, que incluem suspensões e outras medidas disciplinares ainda não detalhadas. A faculdade também informou que a atlética acadêmica envolvida na situação seguirá interditada por tempo indeterminado.



\"Comprometida com a transparência, os princípios éticos e morais, a dignidade social, acadêmica e a legislação vigente, a Faculdade Santa Marcelina reafirma sua postura proativa e colaborativa em relação ao assunto, perante as autoridades competentes\"

, declarou a instituição.

A polêmica surgiu após denúncia feita pelo Coletivo Francisca, formado por alunas e ex-alunas, que apontou não apenas a violência das manifestações, mas também trechos dos hinos que citavam atos sexuais envolvendo membros da igreja que compõem o corpo docente.


As sindicâncias internas foram instauradas em 21 de março, e o caso também foi levado ao Ministério Público e à Polícia Civil, que investigam a ocorrência. Vale lembrar que o hino entoado, repleto de conotações sexuais e agressivas, já havia sido banido em 2017.


A identidade dos alunos punidos não foi divulgada. Até o momento, a Atlética de Medicina da Faculdade Santa Marcelina e o Coletivo Francisca não se manifestaram novamente sobre o assunto.


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