Médico esclarece dúvidas sobre a vacinação contra a gripe

Por Plox

29/05/2019 09h42 - Atualizado há mais de 5 anos

O país está em campanha de vacinação contra a gripe desde o mês de abril. Apesar de fazer parte do calendário anual da saúde, muitas pessoas ainda têm muitas dúvidas sobre a doença. O pediatra Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) esclarece algumas das dúvidas mais comuns. 

Vacina contra gripe

Foto: Agência Brasil


Um dos questionamentos é se o alumínio contido na vacina causa doenças. Ele afirma que algumas vacinas “possuem alumínio como um potencializador da resposta imune, melhorando os resultados da vacina”. Renato destaca, porém, que a quantidade colocada nelas é muito pequena, e que é até menor do que a encontrada em alimentos. O pediatra lembra que mulheres grávidas devem tomar a vacina a partir da primeira semana de gestação até a última, além daquelas que estão em período pós-parto (puerpério). Segundo o profissional, o vírus H1N1, ao contrário do que é disseminado, não mata mais grávidas. “As mortes ocorrem, principalmente, quando existem mutações dos vírus diferentes daqueles oferecidos pela vacina, que acaba atingindo as populações de risco, como gestantes, puérperas, idosos e doentes crônicos. Desta forma, quanto mais diferentes forem esses vírus, maior a probabilidade de haver epidemias mais intensas”, esclareceu. O médico, inclusive, avalia que mesmo na gravidez, quando a mulher se vacina, a proteção proporciona anticorpos para o bebê, o protegendo.


Muitas pessoas dizem que a vacina os deixa doentes, mito desmentido pelo pediatra, que afirma que ela tem em sua composição partes mortas do vírus da gripe, sendo incapaz de acarretar em doença. É importante que as pessoas sejam imunizadas anualmente, uma vez que o vírus acaba passando por mutações. Renato destaca ainda, que a imunização dos grupos prioritários suscita na proteção de maneira indireta, pois diminui a possibilidade de o vírus circular.

Prorrogação da campanha

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avisou que a campanha será prorrogada, porém, não mencionou até quando. De acordo com dados do Ministério da Saúde, os funcionários do sistema prisional foram os que mais receberam a vacina durante a campanha. Foram 101,6 mil doses recebidas por eles (89,7%). Depois, estão as puérperas (88,6%), seguidas pelos indígenas (82,0%), idosos (80,6%) e depois os professores (78,1%). Os postos de saúde distribuirão doses da vacina trivalente até o próximo dia 31 de maio para os grupos prioritários. Quem faz parte deste grupo, e resolver se vacinar após a campanha, é possível conseguir a dose na rede privada, mas os valores são salgados e podem chegar a R$ 200.

Atualização às 11h40


 

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