Operação Sicário: Ameaça à Justiça e o combate ao crime organizado no Distrito Federal

As autoridades locais anunciaram o desenrolar da segunda fase da Operação Sicário, que culminou na prisão de 12 indivíduos, dos quais 11 são membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) e um pertence ao Comando Vermelho (CV).

Por Plox

29/05/2023 10h28 - Atualizado há cerca de 2 anos

O Distrito Federal despertou nesta segunda-feira, 29 de maio de 2023, sob a sombra do medo e da violência orquestrada pelo crime organizado. As autoridades locais anunciaram o desenrolar da segunda fase da Operação Sicário, que culminou na prisão de 12 indivíduos, dos quais 11 são membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) e um pertence ao Comando Vermelho (CV).

Divulgação PCDF

Início das Investigações: O Recrutamento e os Planos de Ataque

Duas figuras se destacaram no início das investigações há dois meses: Gabriel dos Santos Lima e Walter Pereira de Lima, respectivamente filho e pai, ambos integrantes do PCC. Gabriel, conhecido por recrutar novos membros para a facção em Brazlândia, foi preso. Já Walter, preso e sob o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), se encarregava de enviar mensagens de dentro do presídio, incitando ataques a policiais, incêndios em ônibus da cidade e ações contra grupos rivais, com o intuito de causar pânico na população e abrir caminho para a facção paulista.

Ameaças a Autoridades: A Juíza e o Delegado no Alvo

Os planos nefastos do PCC se estenderam ao sistema judiciário. Documentos revelam a ordem dada por Walter para sequestrar um membro da família da Juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP), Leila Cury, na tentativa de forçá-la a emitir alvarás de soltura. Ameaças também foram direcionadas a um delegado da Polícia Civil do DF.

A Brutalidade do Tribunal do Crime

A investigação também trouxe à luz a existência do chamado "Tribunal do Crime", um macabro sistema de julgamento administrado pelos próprios membros do PCC para lidar com supostos traidores. Relatos de uma brutal tortura emergiram, envolvendo um membro e sua esposa, que supostamente teriam traído a organização criminosa.

Presos na Operação: O Elo com a Alta Cúpula

A Operação Sicário não só colocou um freio nos planos de expansão da facção, mas também capturou um importante elo de ligação entre o PCC do Distrito Federal e a "sintonia final", a alta cúpula do PCC em São Paulo. Uma mulher presa na operação era responsável por enviar mensagens da facção local à liderança do PCC.

Conflito de Facções: O Crescimento do Comboio do Cão

A situação no sistema prisional local é de evidente tensão, com o PCC se sentindo ameaçado pelo crescimento de uma facção rival, o Comboio do Cão. Uma mensagem interceptada pela Polícia, escrita por um detento na Penitenciária do Distrito Federal 1 (PDF 1), destacava a situação precária do PCC diante do avanço do Comboio do Cão, res

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