Aécio reage à proposta de Zema e critica federalização de imóveis públicos em MG

Deputado afirma que medida para abater dívida com União representa 'venda do patrimônio mineiro'

Por Plox

29/05/2025 08h09 - Atualizado há 3 dias

O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) fez duras críticas ao governo Romeu Zema (Novo) após a divulgação de uma lista com mais de 300 imóveis públicos que o estado de Minas Gerais pretende oferecer à União como parte do Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag).


Imagem Foto: Câmara dos Deputados


Entre os bens listados estão a Cidade Administrativa — idealizada durante a gestão de Aécio à frente do governo estadual —, unidades da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), o Hospital Risoleta Neves, o Palácio das Artes e imóveis da Unimontes. O objetivo da proposta é usar esses ativos para reduzir a dívida de aproximadamente R$ 165 bilhões que o estado possui com o governo federal.


Aécio não poupou críticas. Em nota, afirmou que “o governador Zema colocou Minas Gerais à venda”, e classificou a medida como uma forma de dilapidar o patrimônio público em razão da “incapacidade de ajustar as contas estaduais”. Segundo ele, a proposta é um reflexo da “incompetência da gestão estadual, que se especializou em transferir responsabilidades sem assumir as suas”.



O ex-governador ainda instou uma reação imediata por parte da sociedade civil, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e do Ministério Público, destacando que é preciso impedir o avanço dessa ação. “Minas não está à venda”, concluiu Aécio, em tom de alerta.


A proposta de federalização vem sendo criticada por diferentes setores, incluindo parlamentares da oposição e membros da comunidade acadêmica. Professores da UEMG, por exemplo, já se manifestaram contra a federalização das unidades. Além disso, o secretário de Cultura do estado declarou desconhecer que o Palácio das Artes estaria incluído na proposta enviada à ALMG.


A medida segue agora para discussão no Legislativo mineiro, onde pode enfrentar forte resistência política e social nas próximas semanas.


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