Condenado por homicídio em Inhapim é preso nos EUA após ação do MPMG
Homem condenado a quase 26 anos de prisão por homicídio qualificado em Inhapim é capturado nos Estados Unidos e pode ser deportado ao Brasil
Por Plox
29/05/2025 07h50 - Atualizado há 4 dias
Um homem condenado pela Justiça de Minas Gerais por homicídio duplamente qualificado foi localizado e preso nos Estados Unidos, após ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Inhapim.

A prisão só foi possível após o MPMG solicitar a inclusão do nome do condenado na Difusão Vermelha da Interpol, mecanismo que funciona como um alerta internacional de captura. O promotor de Justiça responsável pelo caso, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, afirmou que estão em andamento os trâmites para que o homem seja extraditado ou deportado ao Brasil, onde deverá cumprir a pena imposta.
A sentença condenatória foi proferida em 31 de março de 2025, quando o réu foi sentenciado a 25 anos e 11 meses de prisão em regime fechado. O crime aconteceu em 20 de outubro de 2016, no Córrego dos Elias, zona rural de Inhapim. Segundo a denúncia, ele e um comparsa invadiram a casa da vítima, onde estavam também a esposa grávida e outros familiares. Eles simularam um assalto, isolaram a vítima e efetuaram quatro disparos de arma de fogo.
As investigações apontam que os criminosos possivelmente confundiram a vítima com outra pessoa, que tinha características físicas semelhantes e estaria envolvida em uma discussão com o mandante do crime. Esta pessoa, entretanto, não se encontrava no local no momento do ataque. A motivação teria sido ciúmes por parte do mandante, que contratou os executores para cometer o assassinato.
A deportação representa uma vitória significativa para a Justiça no combate à impunidade, especialmente nos crimes de extrema gravidade, como o homicídio qualificado, destacou o promotor Jonas Junio.
A fuga deliberada do condenado após a sentença e sua ausência nos endereços registrados impulsionaram a Promotoria a recorrer ao pedido internacional de captura, permitindo que a Justiça brasileira avançasse na responsabilização do autor do crime.