Dívida Pública Federal ultrapassa R$ 7,6 trilhões e bate novo recorde

Tesouro Nacional revela aumento de 1,44% em abril; expectativa é que dívida atinja até R$ 8,5 trilhões até o fim de 2025

Por Plox

29/05/2025 12h14 - Atualizado há 6 dias

Pela primeira vez na história econômica do país, a Dívida Pública Federal (DPF) superou a marca de R$ 7,6 trilhões, conforme dados apresentados nesta quarta-feira (28) pelo Tesouro Nacional.


Imagem Foto: Agência Brasil


Em março deste ano, o estoque da dívida estava em R$ 7,508 trilhões. No mês seguinte, em abril, o valor saltou para R$ 7,617 trilhões, o que representa um crescimento de 1,44%. A tendência de elevação da dívida já havia sido sinalizada no ano anterior, quando o montante ultrapassou, pela primeira vez, o patamar de R$ 7 trilhões, em junho de 2024.



O Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado em fevereiro, prevê que o estoque da DPF chegue ao fim de 2025 em uma faixa entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões, mantendo o ritmo de expansão.


Dentro da composição da dívida, a Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi), representada pelos títulos emitidos no mercado interno, subiu de R$ 7,199 trilhões para R$ 7,31 trilhões no intervalo de um mês — uma alta de 1,55%.


Esse aumento foi impulsionado por emissões de títulos que superaram os resgates em R$ 41,42 bilhões, especialmente nos papéis indexados à inflação. Além disso, a apropriação de R$ 70,3 bilhões em juros contribuiu fortemente para o crescimento do estoque da dívida.



A apropriação de juros consiste na contabilização mensal da correção de juros que incide sobre os títulos públicos, valor esse que é incorporado ao montante total da dívida. Com a atual Taxa Selic em 14,75% ao ano, o custo do endividamento se torna ainda mais elevado, pressionando as contas públicas.


Com gastos do governo em alta e a elevação contínua dos juros, os números reforçam a preocupação com o crescimento desordenado da dívida pública brasileira.



As projeções e resultados divulgados trazem à tona o desafio do governo federal em conter o avanço da dívida, diante de um cenário de juros elevados e elevado volume de emissões no mercado.


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