Ministros do STF se calam após decisão dos EUA sobre restrições de visto

Governo norte-americano pode barrar entrada de autoridades acusadas de censura, e Alexandre de Moraes seria um dos alvos

Por Plox

29/05/2025 07h41 - Atualizado há 4 dias

Em meio à repercussão internacional de uma medida anunciada pelos Estados Unidos, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) optaram por não se manifestar publicamente nesta quarta-feira (28).


Imagem Foto: STF


A iniciativa norte-americana, divulgada pelo secretário de Estado Marco Rubio, visa restringir a entrada no país de autoridades estrangeiras acusadas de censurar empresas e cidadãos dos EUA. Embora os nomes não tenham sido oficialmente mencionados, especula-se que o ministro Alexandre de Moraes esteja entre os potenciais alvos, devido a ações envolvendo parlamentares de direita e plataformas digitais.


Após o anúncio, o assessor do presidente Donald Trump, Jason Miller, fez uma publicação nas redes sociais que intensificou os rumores. Ele marcou diretamente o perfil de Moraes e escreveu: \"Compartilhe isso com alguém que vem imediatamente à mente quando você lê isso. Oi, Alexandre.\"



Durante a chegada à sessão de julgamentos no STF, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, foi questionado sobre a decisão americana, mas descartou qualquer pronunciamento. \"Não aconteceu nada que eu precise falar\", limitou-se a dizer.


Outros ministros também evitaram se posicionar. Flávio Dino alegou não poder comentar o caso, enquanto Edson Fachin, Luiz Fux, André Mendonça e o próprio Alexandre de Moraes mantiveram silêncio sobre o assunto.


A medida dos EUA gerou reações políticas diversas. Enquanto o chanceler Mauro Vieira tratou o tema como uma “decisão soberana”, o deputado Eduardo Bolsonaro celebrou a iniciativa. Vieira também revelou que não possui contato direto com o secretário Marco Rubio.



A situação reforça a tensão diplomática entre os dois países, especialmente diante da possível inclusão de membros do Judiciário brasileiro na lista de restrições elaborada pelo governo Trump. As consequências dessa diretriz ainda são incertas, mas o impacto político já começa a se desenhar nos bastidores.


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