Anvisa recebe pedido de uso emergencial da Covaxin, vacina alvo de denúncias
A Anvisa informou, por meio de nota, que a documentação já está tramitando internamente
Por Plox
29/06/2021 12h20 - Atualizado há quase 4 anos
Na manhã desta terça-feira (29), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido de uso emergencial da vacina indiana Covaxin. O imunizante contra a covid-19 é alvo de denúncias envolvendo superfaturamento de contrato de compra do Ministério da Saúde.
A solicitação é da empresa Precisa Comercialização de Medicamentos LTDA, a mesma que intermediou as negociações com o laboratório indiano Barath Biontech. A Anvisa informou, por meio de nota, que a documentação já está tramitando internamente para análise.

Ainda segundo a agência reguladora, já no início deste mês foi autorizada a importação de aproximadamente 4 milhões de doses, no entanto, o uso emergencial não havia sido autorizado. “As primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários para avaliação estão disponíveis. Se houver informações importantes faltando, a Anvisa pode solicitá-las ao laboratório”, diz parte da nota.
Caso Covaxin
As denúncias foram apresentadas pelo deputado Luis Miranda e logo virou assunto na CPI da pandemia, que investiga irregularidades na condução do governo em relação ao combate à covid-19. De acordo com o parlamentar, existem irregularidades na compra da vacina indiana e o presidente Jair Bolsonaro sabia.
Ainda conforme depoimento de Miranda, Bolsonaro teria afirmado que o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), teria relação com o caso e as suspeitas seriam levadas à Polícia Federal (PF).
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a Polícia Federal não encontrou nenhum inquérito aberto referente ao pedido que seria feito pelo presidente da República. Na última sexta-feira (25), Bolsonaro disse durante um evento na cidade de Sorocaba-SP, que o inquérito na PF ainda será aberto.