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Esportes

Dívidas bilionárias no futebol brasileiro: Atlético e Cruzeiro enfrentam um longo caminho

Ver o aumento das dívidas surpreende, visto que houve um aumento das receitas dos clubes, indica Grafietti.

29/06/2023 às 18:56 por Redação Plox

O delicado panorama financeiro do futebol brasileiro atingiu um marco alarmante. Pela primeira vez na história, a dívida coletiva dos 20 clubes que disputam a Série A ultrapassou a casa dos R$ 10 bilhões em 2022, conforme dados divulgados no "Relatório Convocados 2023: Finanças, História e Mercado do Futebol Brasileiro". A pesquisa, de autoria do economista Cesar Grafietti em parceria com a OutField e Galapagos Capital, aponta que, ao contrário das expectativas, a dívida dos clubes avançou ao invés de diminuir após a pandemia de Covid-19. "Não era esperado que tantos clubes tivessem aumentado suas dívidas em 2022, após dois anos impactados pela pandemia. Ver o aumento das dívidas surpreende, visto que houve um aumento das receitas dos clubes", indica Grafietti.

O levantamento feito também registrou uma tendência ascendente de despesas e custos dos clubes brasileiros durante a temporada, totalizando R$ 5,053 bilhões, valor 9,4% superior ao ano anterior (R$ 4,6 bilhões). Entre os clubes da Série A, Flamengo, Coritiba e Cuiabá foram as únicas exceções ao cenário de crescimento da dívida, com o time paranaense se beneficiando de um processo de recuperação judicial.

 

Foto: Reprodução

O longo prazo de quitação para Atlético e Cruzeiro

No topo da lista das dívidas se encontram os tradicionais rivais mineiros, Atlético e Cruzeiro. O Atlético lidera o déficit brasileiro, com uma dívida líquida de aproximadamente R$ 1,5 bilhão, seguido pelo Corinthians com R$ 1,02 bilhão, e o Cruzeiro em terceiro lugar, com uma dívida de R$ 800 milhões. O estudo projeta que, considerando o pagamento de 20% da receita anual média dos últimos quatro anos para a quitação das dívidas, o Atlético necessitaria de um período de 20 anos e 9 meses, enquanto o Cruzeiro precisaria de 20 anos.

O Cruzeiro, que passou por três edições da Série B com repasses de direitos de transmissão e patrocínios inferiores à elite, tem suas receitas impactadas por essa condição. Grafietti ressalva: "É até injusto comparar a situação do Cruzeiro com outros clubes, já que passa por um processo de reestruturação de sua dívida após se tornar SAF".

Esta previsão de duas décadas para o pagamento total da dívida representa uma complexidade na administração dos clubes, uma vez que, na prática, não existem esses prazos. "Quando são necessários 20 anos para sanar as dívidas, é possível perceber a complexidade da situação. Não existe esses prazos na realidade, mas o ideal é haver uma readequação das dívidas a curto e longo prazo", ressalta o economista.

Ainda que a situação financeira seja particularmente severa para Atlético e Cruzeiro, é importante salientar que o acúmulo de dívidas não é um fenômeno exclusivo dos clubes mineiros. O cenário é um reflexo da atual conjuntura econômica do futebol brasileiro, onde, mesmo após um período de crise acentuada pela pandemia de Covid-19, muitos clubes acabaram aumentando seus passivos em 2022, apesar do incremento nas receitas.

Assim, esta tendência preocupante de aumento da dívida, mesmo diante de um crescimento de receitas, aponta para a necessidade urgente de uma gestão financeira mais equilibrada e sustentável para os clubes de futebol brasileiros, visando garantir a saúde financeira a longo prazo de um dos mais amados esportes do país.

 

Confira tempo que clubes levariam para sanar suas dívidas:

  1. Atlético - 20,9 anos
  2. Cruzeiro - 20 anos
  3. Botafogo - 18,8 anos
  4. Vasco - 17,5 anos
  5. Red Bull Bragantino - 12 anos
  6. Fluminense - 10,3 anos
  7. Corinthians - 9,4 anos
  8. Athletico-PR - 8,8 anos
  9. Coritiba - 8,7 anos
  10. Bahia - 8,1 anos

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