Inelegibilidade de Bolsonaro: TSE interrompe sessão com placar em 3x1 contra o ex-presidente

Na quinta-feira passada (29), o ex-presidente Jair Bolsonaro, membro do Partido Liberal (PL), enfrentou a continuação de seu julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Atualmente, o placar marca 3 votos a 1 a favor da declaração de Bolsonaro como inelegível por um período de oito anos. A sessão, porém, foi interrompida e a retomada foi agendada para esta sexta-feira (30), com início às 12h.

O julgamento em curso: votos e divergências

A terceira sessão de análise do caso começou com o voto divergente do ministro Raul Araújo, que optou pela rejeição das acusações contra Bolsonaro. No entanto, dois votos a favor da condenação do ex-presidente vieram na sequência, proferidos pelos ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Esses votos se alinharam à decisão do relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, que na terça-feira (27) já havia manifestado seu voto pela condenação, citando abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por parte de Bolsonaro.

Acusações contra o vice-presidente

Em um aspecto do julgamento, houve uma decisão unânime entre os quatro ministros que votaram até agora: todos rejeitaram as acusações contra o vice da chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto, indicando uma possível absolvição deste.

Votos restantes e o foco do julgamento

Ainda restam os votos de três membros do TSE: a ministra Cármen Lúcia e os ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes, este último sendo o presidente do tribunal.

O julgamento de Bolsonaro decorre de uma reunião que ele realizou com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada. A acusação se concentra em declarações difamatórias que Bolsonaro teria feito sem apresentar provas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Esta reunião, que foi transmitida pela TV oficial do governo, ocorreu pouco antes do início do período eleitoral e envolveu ataques de Bolsonaro às urnas e ao sistema eleitoral, com repetição de alegações de fraudes já desmentidas.