Maduro recebe apoio de Lula em questões de legitimidade do regime

Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente brasileiro, mostrou seu apoio ao regime venezuelano durante uma recente entrevista à Rádio Gaúcha. Ele fez uma defesa forte do presidente Nicolás Maduro e minimizou as críticas internacionais ao país sul-americano. Na visão do líder petista, a Venezuela celebra mais eleições que o Brasil, sugerindo uma frequência maior de participação popular.

"Considero que a Venezuela realiza mais eleições que o Brasil. A democracia, para mim e para você, pode ter significados diferentes. Minha apreciação pela democracia se deu por ela ter me permitido assumir a presidência do Brasil pela terceira vez, e é por essa razão que eu a valorizo e a pratico integralmente", declarou Lula. O presidente reforçou a necessidade de respeito aos resultados eleitorais, mesmo frente às inúmeras dúvidas levantadas sobre a legitimidade do processo eleitoral venezuelano.

As críticas de Lula sobre a tentativa de emplacar Guaidó

Lula se mostrou otimista em relação às futuras eleições na Venezuela, programadas para 2024. Segundo o presidente, o "revés" de Maduro deve ocorrer por meio das urnas. Ele incentivou a supervisão dessas eleições e garantiu que, caso não sejam justas, não hesitará em levantar a voz: "Agora haverá eleições. Perca e ceda o poder. Vamos monitorar. Se a eleição não for honesta, falaremos sobre isso", afirmou Lula.

Recentemente, no encontro da Cúpula das Américas do Sul, Lula recebeu Maduro no Palácio do Planalto. Ele descreveu a reunião como "histórica" e classificou as críticas ao regime de Maduro como meras "narrativas". Além disso, o presidente brasileiro questionou as sanções impostas ao país vizinho.

No que diz respeito à tentativa internacional de instaurar Juan Guaidó como presidente da Venezuela, Lula expressou sua oposição enfática. "O que o mundo está tentando fazer ao eleger Guaidó como presidente da Venezuela, um indivíduo que não foi eleito, se essa tendência se mantiver, não haverá mais garantias para a democracia e para o mandato das pessoas", criticou Lula.