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Saúde

Infecção urinária inesperada: Gabrielle Barbosa sofre amputação de membros

Devido à necessidade de medicamentos fortes para estabilizá-la, partes de seus braços e pernas necrosaram

29/06/2023 às 11:27 por Redação Plox

Gabrielle Barbosa, uma jovem de 20 anos residente em Franca, interior de São Paulo, teve sua vida drasticamente alterada após uma infecção urinária. Em março, ela foi hospitalizada para tratar a infecção, mas as complicações resultaram em algo muito mais sério: a falência de seus rins e, eventualmente, a amputação de partes de seus braços e pernas.

 

REPRODUÇÃO/ INSTAGRAM/ VOAA.ME

Gravidade Inesperada

A situação de Gabrielle rapidamente evoluiu para um quadro alarmante. Em um relato publicado nas redes sociais, ela descreveu como a infecção progrediu para os pulmões. Como resultado, ela sofreu duas paradas cardíacas - a primeira durou 10 minutos e a segunda, 5 minutos.

Devido à necessidade de medicamentos fortes para estabilizá-la, partes de seus braços e pernas necrosaram. Gabrielle, agora adaptando-se à vida sem parte de seus membros, iniciou uma campanha de arrecadação online para angariar fundos para próteses.

Explicação Médica

Lina Paola, infectologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, lançou luz sobre como uma infecção pode levar a consequências tão drásticas. Segundo ela, "Qualquer infecção tem o potencial de gerar sepse [infecção generalizada], com a presença da bactéria na corrente sanguínea, e isso desencadeia uma resposta inflamatória intensa." Essa resposta, embora destinada a proteger o corpo, pode afetar adversamente os órgãos e até ser fatal. No caso de Gabrielle, a infecção urinária provocou falência renal.

Além disso, Lina explicou que com a falência de órgãos, o corpo enfrenta uma diminuição da pressão sanguínea e do volume de sangue, o que afeta a capacidade do coração de bombear sangue e do pulmão de oxigenar o sangue. Isso pode levar a paradas cardíacas, como ocorreu com Gabrielle.

Necrose e Infecção

A necrose dos membros pode ser causada por infecções graves. Lina mencionou a bactéria Neisseria meningitidis como um exemplo, que causa meningite e pode levar à necrose das extremidades. Isso ocorre porque o corpo pode sacrificar membros periféricos em sua luta para combater uma infecção grave. Outras bactérias, como Streptococcus pneumoniae, Leptospira e Staphylococcus aureus, podem ter efeitos semelhantes.

Contudo, Alex Meller, urologista e membro do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, observou que infecções urinárias raramente causam quad
ros sépticos e que isso pode estar mais relacionado a outros problemas infecciosos.

Necrose e Resposta a Medicamentos

Além das infecções, a resposta do corpo aos medicamentos usados durante as emergências médicas pode também contribuir para a necrose. A infectologista Lina destacou que, em situações de parada cardíaca, a adrenalina é frequentemente utilizada, o que aumenta a frequência cardíaca e a pressão sanguínea. Porém, segundo Meller, medicamentos vasoconstritores também são usados, os quais restringem os vasos sanguíneos menores nas extremidades.

Essa vasoconstrição faz com que o corpo priorize o envio de sangue para órgãos vitais, como coração, pulmões, rins e fígado, em detrimento de outras partes do corpo. Isso pode levar a uma falta de sangue oxigenado nas extremidades, resultando em necrose.

Prevalência de Necrose em Ambientes Hospitalares

Lina enfatizou que necroses devido a infecções bacterianas são comuns em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e pronto-socorros, com muitos pacientes chegando em estado grave, com sinais de baixa circulação sanguínea nas extremidades.

Meller acrescentou que a necrose relacionada ao uso de medicamentos é uma complicação rara que pode surgir do tratamento de septicemia e parada cardíaca. Isso pode ocorrer, em parte, devido à falta de recursos em certos locais, o que pode levar a uma administração excessiva de medicamentos vasoconstritores.

Em Direção à Recuperação

Atualmente, Gabrielle Barbosa está focada em adaptar-se à sua nova realidade e buscar apoio para a aquisição de próteses. Sua história serve como um exemplo contundente das complicações potencialmente graves que podem surgir de infecções e dos desafios enfrentados pelos profissionais de saúde ao administrar tratamentos em situações críticas.

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