Bolsonaro diz que 8 de janeiro foi 'armação da esquerda' e cobra anistia aos presos
Em manifestação na Avenida Paulista, ex-presidente critica Judiciário, defende aliados presos e destaca obras realizadas em Minas Gerais
Por Plox
29/06/2025 22h59 - Atualizado há 6 dias
Durante um ato na Avenida Paulista neste domingo (29), o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer duras críticas ao Judiciário, defendeu a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e sugeriu que esses eventos teriam sido orquestrados pela esquerda.

A manifestação, que contou com a presença de parlamentares e governadores, foi marcada por falas inflamadas. Bolsonaro, em meio à multidão, declarou: “O Brasil tem jeito, é só não roubar que a gente vai pra frente”, destacando que sua gestão enfrentou dificuldades como pandemia, guerra, a tragédia de Brumadinho e a crise hídrica de 2021.
Em tom de crítica, o ex-presidente afirmou que os presos pelo 8 de janeiro são vítimas de injustiça, defendendo que a anistia seria um passo para a pacificação do país. “Esperamos que essa anistia tenha o apoio dos outros dois poderes, além do Legislativo”, afirmou ao público.
Durante seu discurso, Bolsonaro mencionou obras realizadas em Minas Gerais durante seu governo, como a liberação de verbas para o metrô de Belo Horizonte, a resolução da cota 762 de Furnas e a regularização da exploração de lítio no Vale do Jequitinhonha. Em sua fala, direcionou-se ao governador Romeu Zema (Novo), que estava ao seu lado, enfatizando a importância das ações no estado mineiro.
O ex-presidente também acusou o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter conhecimento prévio dos atos de 8 de janeiro, sugerindo que sua ausência em Brasília na data não teria sido coincidência. “Lula estava em Araraquara porque sabia o que ia acontecer. Tanto é que as imagens de quase 200 câmeras sumiram”, alegou, sem apresentar provas.
Além disso, criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alegando tratamento desigual nas eleições de 2022 e relembrou sua decisão de não tomar a vacina contra a Covid-19. “Comprei 600 milhões de doses, mas falei: ‘eu não vou tomar’. Você tem que ter liberdade para escolher seu futuro”, disse.
Na reta final do discurso, Bolsonaro defendeu mais força política para a direita e afirmou que, com maioria no Congresso, poderia transformar o país: “Se me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o futuro do Brasil”.
O ato serviu ainda como vitrine para reforçar sua posição entre apoiadores e relembrar momentos marcantes de sua gestão.