Após ter rosto desfigurado por agressão, médica agredida por fisiculturista recebe alta em Santos
Jovem de 27 anos foi espancada em apartamento na zona sul de SP e passou por cirurgias delicadas; namorado continua preso por tentativa de homicídio
Por Plox
29/07/2025 13h03 - Atualizado há 4 dias
A médica de 27 anos que foi brutalmente espancada pelo namorado, o fisiculturista Pedro Camilo Garcia, deixou o hospital no último domingo (27), em Santos, litoral de São Paulo. Ela passou por cirurgias reconstrutivas no rosto após ter os ossos da face destruídos pelas agressões sofridas durante o ataque ocorrido em São Paulo, no bairro de Moema.

Segundo a Casa de Saúde onde estava internada, a vítima se recupera bem e agora continuará o tratamento em casa. O crime aconteceu na madrugada de 14 de julho, em um apartamento alugado pelo casal na zona sul da capital paulista. A mulher foi localizada por policiais militares em estado grave e inicialmente levada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital na capital. No dia 16, foi transferida para Santos, onde reside.
Durante o espancamento, Pedro Camilo quebrou a mão e fugiu em seguida para a cidade de Santos. A Polícia Militar conseguiu localizá-lo na Avenida Presidente Wilson, no bairro José Menino, utilizando imagens das câmeras do sistema municipal. Segundo relato do 1° Tenente Eduardo Assagra, o agressor não resistiu à prisão e admitiu que cometeu o crime por ciúmes, ao ver mensagens da companheira com outro homem.
O caso foi registrado como tentativa de homicídio. Em audiência de custódia realizada no dia 15 de julho, a prisão em flagrante foi convertida para preventiva. O juiz Diego De Alencar Salazar Primo, do Foro de Santos, argumentou que o modo como o crime foi cometido revela “covardia, descontrole emocional e periculosidade concreta”. Ele destacou ainda o porte físico avantajado do acusado, que teria desferido diversos socos no rosto da vítima.
A decisão judicial também seguiu o parecer do Ministério Público, que defendeu que a liberdade do investigado representaria risco à ordem pública e à integridade da vítima. Segundo o magistrado, nenhuma medida alternativa seria eficaz para impedir a reincidência ou garantir a proteção da mulher.
A advogada da vítima, Gabriela Manssur, informou que a paciente teve os ossos do rosto destruídos, exigindo cirurgias para conter as fraturas. Um prontuário médico obtido mostra que foram realizadas tomografias na face, coluna cervical e crânio, nas quais as lesões foram confirmadas.
Além disso, imagens de raio-X da mão de Pedro Camilo apontaram uma fratura na base do quarto metacarpo, osso que liga o punho ao dedo anelar. Os exames foram encaminhados à Polícia Civil com um laudo médico de 30 dias de afastamento.
Até o fechamento da reportagem, a defesa da médica não havia se pronunciado. O fisiculturista Pedro Camilo Garcia continua preso e responde por tentativa de homicídio.