Programa Voa Brasil, do governo Lula, comercializa apenas 1,5% das passagens

Com 3 milhões de bilhetes disponíveis, apenas 45 mil foram vendidos até agora, refletindo um baixo desempenho do programa

Por Plox

29/07/2025 08h53 - Atualizado há 4 dias

Em seu primeiro ano de funcionamento, o programa Voa Brasil, lançado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, não atingiu as expectativas, comercializando apenas 1,5% das passagens ofertadas. Entre julho de 2024 e julho de 2025, cerca de 45 mil bilhetes foram vendidos de um total de 3 milhões disponibilizados.


Imagem Foto: Pexels


O Voa Brasil foi criado com o objetivo de promover a inclusão de pessoas que raramente utilizam o transporte aéreo. O programa oferece passagens com valores acessíveis, de até R$ 200, e foca em assentos ociosos de voos com baixa ocupação. Para participar, o beneficiário deve ser aposentado do INSS e não ter viajado de avião nos últimos 12 meses, sem restrição de renda.



Segundo dados do Ministério de Portos e Aeroportos, os destinos mais populares foram São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, com 12.771, 3.673 e 3.509 passagens, respectivamente. Outras cidades procuradas por aposentados foram Fortaleza, Salvador, João Pessoa, Maceió, Belo Horizonte e Natal. As regiões Sudeste e Nordeste representaram a maior parte das vendas, com 43% e 40%, respectivamente.



O programa, anunciado em março de 2023 pelo ex-ministro Márcio França, só foi concretizado em 2024 sob a gestão do ministro Silvio Costa Filho. As passagens são fornecidas através de um acordo com as companhias aéreas, sem custos para o governo federal, e visam preencher assentos que ficariam vagos. A adesão ainda foi baixa, refletindo desafios para alcançar o público-alvo.



Destinos como Porto Alegre–Recife e São Paulo–Fernando de Noronha também tiveram passagens emitidas, mas a adesão geral não foi suficiente para atingir as metas estabelecidas.


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