Maníaco que matou funcionária do MEC será investigado por morte de adolescente

Polícia pedirá desarquivamento do inquérito da morte de Caroline Macêdo, que foi achada boiando em lago

Por Plox

29/08/2019 14h34 - Atualizado há quase 5 anos

Assassino confesso da funcionária do MEC Letícia Sousa Curado, e da funcionária de pizzaria, Genir Pereira de Sousa, o cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto deve ser investigado por suspeita da morte de uma adolescente em 2018. A 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) pedirá desarquivamento da investigação que apurou a morte de Caroline Macêdo Santos, na época com 15 anos. O corpo foi encontrado no lago Paranoá e o caso foi tratado como suicídio, já que a garota tinha depressão.

A adolescente era muito amiga da filha de Marinésio, as duas tinham a mesma idade, e moravam próximas. Três meses antes dela desaparecer, o cozinheiro havia proibido a filha de encontrar a amiga, sem nenhum motivo aparente.

Facebook/Reprodução

Caroline Macêdo era amiga da filha de Marinésio e foi encontrada em lago- Foto: Facebook/Reprodução

No dia em que sumiu, a menina tinha saído de casa dizendo que encontraria na Ponte JK uma pessoa que conheceu pela internet. Depois, não foi mais encontrada. Segundo o padrasto de Caroline, Rosalvo Viegas, era comum Marinésio dar caronas à adolescente, por ser amiga da filha dele. Rosalvo nunca aceitou a hipótese de que a enteada havia suicidado, como apontado pela polícia, pois justifica que quem pula de uma ponte (do lago Paranoá), apresenta hematoma, o que não foi visto no corpo de Caroline. Além disso, o “corpo dela foi encontrado em um lugar que, se você parar o carro, anda cinco metros e chega lá”, disse. 

Rosalvo ainda levanta a suspeita: “Creio que pode ter sido o Marinésio quem ofereceu carona, matou a Caroline, e levou até onde ela iria, para não chamar atenção. Inclusive acho até que o quadro de depressão dela pode ter sido causado por abusos anteriores”. Depois que veio a público o assassinato da funcionária do MEC, e a autoria de Marinésio, Rosalvo desconfiou que o cozinheiro teria matado sua enteada. Eder Charneski, delegado adjunto da 10ª DP, segue o raciocínio do padrasto de Caroline, pois “a hipótese é compatível com o modo que Marinésio atacava”.
 

Atualizada às 15h44

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