Policial penal e esposa são sepultados em Ipatinga; caso chocou a população
Por Plox
29/08/2020 15h25 - Atualizado há mais de 4 anos
Adair Paulino Soares, de 46 anos, e a esposa, Luciene Amarante Soares, de 44 anos, foram sepultados no Cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga-MG na tarde dessa sexta-feira (28). Adair, que era policial penal, matou a esposa e em seguida se matou. O sepultamento ocorreu entre as 14h e as 17h.
Segundo informações apuradas pelo Plox, a Secretaria de Saúde de Santana do Paraíso informou que o velório começou às 14h, no Cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga-MG.
Foto: Marcelo Augusto/PLOX
Ainda segundo a Secretaria de Saúde do município, um dos filhos do casal foi notificado sob suspeita da Covid-19. O exame seria realizado nessa sexta-feira, porém, pelo fato ocorrido, não foi possível a realização. Seguindo os protocolos do Ministério da Saúde, todos os que moram (ou moravam) foram postos em isolamento domiciliar.
O crime
De acordo com a PM, o filho do casal relatou que estava dormindo em sua casa, que fica em anexo a dos pais, quando ouviu vários disparos de arma de fogo e gritos de sua irmã, pedindo por socorro. Ele então se dirigiu a casa e, ao entrar, se deparou com a mãe sentada no sofá da sala, sangrando muito na região da cabeça, o pai caído ao solo, próximo ao sofá, também sangrando na região da cabeça, e a irmã do solicitante, na porta do quarto em estado de choque, dizendo que o pai teria atirado em sua mãe e posteriormente atirado contra a própria cabeça.
Fotos enviadas ao Whatsapp do Plox.
Conforme relatado pelo filho do cala no Boletim de Ocorrência, a arma de fogo utilizada na ação encontrava se caída em cima do sofá, e ele pegou a referida arma, momento em que ocorreu um disparo acidental atingindo uma das paredes da sala. Após o disparo, o filho então abriu a arma, um revólver calibre .38, retirou do tambor uma munição intacta e quatro cartuchos deflagrados, ficando um cartucho deflagrado na câmara do tambor da arma, colocou o revólver e as munições em cima de uma mesa e acionou a Polícia Militar.
Ainda segundo a PM, o filho do casal afirmou que os pais estavam separados há aproximadamente dois anos e viviam em casas separadas, porém na mesma edificação. Uma médica da Unidade Básica de Saúde do bairro Industrial compareceu ao local e confirmou o óbito do casal.
A carta
A PM confirmou que foi localizada na residência uma carta, com um “pedido de desculpas, pelo ato que iria cometer”. Na carta ainda tinham orientações de como proceder com os funerais, repartição dos bens, entrada de seguro e o local que estaria guardado uma quantia de R$ 4.500.
A perícia técnica compareceu realizando os trabalhos de praxe. De acordo com a perícia, foi constatado pelo perito uma perfuração na cabeça do lado direito do homem. Na mulher foi constatada uma perfuração na face lado esquerda, com saída no supercílio lado direito, e uma perfuração no tórax lado esquerdo, com saída na mama do lado direito. Foi apreendido pelo perito um bilhete escrito pela vítima.