Marcelo Pogliese é aprovado para Conselho da Petrobras

A composição do Conselho de Administração da Petrobras passou por uma nova mudança nesta sexta-feira (29). A estatal anunciou que Marcelo Weick Pogliese foi oficialmente aprovado para integrar o colegiado após indicação realizada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) dois dias antes.

Foto: Agência Brasil

A entrada de Pogliese ocorre em razão da saída de Pietro Mendes, que agora ocupa um cargo na diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entidade reguladora do setor, vinculada ao mesmo ministério. Mendes havia presidido o conselho da estatal antes de se transferir para a ANP.

O Conselho de Administração da Petrobras atua como órgão responsável pelas principais decisões estratégicas da companhia. É composto por um número variável de integrantes — entre sete e onze — e contempla representantes de diferentes segmentos: governo federal, acionistas minoritários e empregados da estatal.

Atualmente, a composição inclui, pela parte do governo, Bruno Moretti (presidente do conselho), Magda Chambriard (presidente da empresa), Rafael Ramalho Dubeux, Renato Galuppo, José Fernando Coura e agora, Marcelo Pogliese. Já a representante dos trabalhadores é Rosangela Buzanelli Torres. Por sua vez, os minoritários indicaram Aloisio Macário Ferreira de Souza, Francisco Petros, Jerônimo Antunes e José João Abdalla Filho.

Marcelo Pogliese, novo integrante do colegiado, traz uma longa trajetória no serviço público e na área jurídica. Atualmente ocupa o cargo de secretário especial de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República e é professor efetivo na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Formado em Direito, possui mestrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), doutorado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pós-doutorado em direito público pela Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha.

Ele também já atuou como procurador-geral tanto em João Pessoa quanto no estado da Paraíba, além de ter chefiado a Casa Civil daquele estado. Teve ainda passagem pela Petrobras como assessor especial da presidência.

\"A decisão fortalece o colegiado com alguém que já conhece a empresa e tem sólida formação jurídica\", comentou um interlocutor do governo

Essa mudança reflete mais um movimento de reestruturação e realinhamento da empresa com os interesses do governo federal, seu principal acionista.