“Acordei, abri o olho e estava tudo preto, com uma dor de cabeça muito forte”
A situação ocorreu em meio a uma série de casos ligados ao consumo de bebidas adulteradas no estado. Duas pessoas já morreram por intoxicação e outras dez estão sob investigação. Diogo precisou ser internado por três dias, depois que exames confirmaram a presença de metanol em seu sangue. Um de seus amigos, que também consumiu a mesma bebida, está hospitalizado há quase um mês em estado gravíssimo, sem fluxo cerebral e dependente de ventilação mecânica, segundo relatou a mãe de Rafael.
“A facção e seus parceiros podem, eventualmente, ter revendido esse metanol a destilarias clandestinas e quadrilhas de falsificadores de bebidas, obtendo lucros milionários em detrimento da saúde dos consumidores.”
O metanol é um líquido inflamável, incolor e de odor semelhante ao álcool comum, o que dificulta sua identificação. Segundo a Sociedade Química Americana, ele é usado principalmente como combustível e na produção de biodiesel. No Brasil, sua utilização legal não inclui bebidas alcoólicas.
Diante da gravidade dos casos, o Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu uma recomendação urgente a bares, distribuidoras e estabelecimentos de São Paulo e arredores, exigindo maior vigilância sobre a origem das bebidas. Até o momento, a Secretaria de Saúde do estado ainda não esclareceu como ocorreram as contaminações.
O episódio reacendeu o alerta sobre os perigos da falsificação de bebidas e sobre a necessidade de fiscalização mais rígida para evitar novas vítimas.